O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) recomendou que as prefeituras de Vilhena (RO) e Chupinguaia (RO), no Cone Sul do estado, transfiram os comitês de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – para a chefia de gabinetes. Atualmente, o trabalho é desenvolvido pelas Secretarias Municipais de Saúde (Semusa) dessas cidades. O objetivo da medida é envolver todas as secretarias e demais órgãos municipais para fortalecer o enfrentamento e alcançar melhores resultados.
A recomendação foi expedida pela Curadoria da Saúde de Vilhena e argumenta que outras secretarias, como a de meio ambiente e obras, não estariam participando ativamente das ações de combate, visto que o comitê está ligado diretamente às secretarias municipais de saúde.
O documento solicita ainda que, as ações contra mosquito sejam mantidas como prioridade durante todo o ano, independente do período chuvoso. As prefeituras têm 30 dias para informarem o acatamento à medida e as providências que devem ser adotadas.
A Semusa de Vilhena informou que fez uma reunião com secretarias e entidades do município, no início deste mês, a fim de elaborar ações de combate ao Aedes aegypti. Segundo a secretaria, o projeto deve ser deliberado pela prefeita, Rosani Donadon (PMDB), ainda nesta semana.
Ainda conforme a Semusa de Vilhena, em 2016 foram notificados 980 casos de dengue, e 201 confirmados. Chikungunya foram notificados 160, e confirmados três. Zika vírus foram notificados 445, e confirmados 235, incluindo 44 gestantes.
O G1 entrou em contato com a prefeitura de Chupinguaia, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.