Vale do Aço registra aumento nos casos de leishmaniose visceral

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leishmaniose - Pragas e Eventos

Em pelo menos três cidades do Vale do Aço os casos de leishmaniose visceral já são maiores que os registros de 2016. Segundo em a Superintendência Regional de Saúde (SRS), 33 diagnósticos foram confirmados para doença na região. Até o momento, Timóteo teve cinco registros, o mesmo número de casos de Santana do Paraíso. No ano passado, as mesmas cidades tiveram dois e quatro casos, respectivamente. Em Coronel Fabriciano, durante todo o ano passado foram seis registros da doença; 2017 ainda não terminou e o município já registrou 8 casos.

Das quatro principais cidades da região, apenas Ipatinga não teve aumento de registros. A cidade fechou 2016 com 25 diagnósticos confirmados, contra 15 relatados no último levantamento. Mesmo assim, o município está classificado como “média intensa” de transmissão da doença. “Essa classificação é mais alta e é feita de acordo com a estatística levantadas nos últimos anos. Quando a média anual ultrapassa os 4,4 registros, passa a ser considerado intenso. Em Fabriciano, a classificação é moderada, pois a média é de três registros. Já as outras cidades foram classificadas como médias esporádicas ou silenciosas, porque foram inferiores a 2,4 casos por ano”, detalhou Camila Subtil, que é especialista em políticas e gestão de saúde da SRS.

Ainda segundo a especialista, os dados da superintendência mostram que o índice de letalidade, que é a possibilidade de alguém morrer por causa da doença, é de 6% no Vale do Aço. Os dados mostram que duas pessoas morreram em Ipatinga em 2017, por causa da leishmaniose visceral. “Se não tratada, a doença pode evoluir e ser fatal. Quando diagnosticada, o tratamento normalmente é feito por meio hospitalar. É importante manter os quintais limpos, sem acúmulo de lixo e folhas, pois é o tipo de ambiente que atrai o transmissor da doença, que é o mosquito-palha”, orienta.

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, pode acometer tanto humanos como animais. No meio urbano, é muito comum que cães seja infectados pela doença. No entanto, ela não é contagiosa. O único transmissor é o mosquito-palha infectado após picar um dos hospedeiros.

Para humanos há tratamento e chances de cura. Os registros realizados pela SRS em Ipatinga mostraram que em 55 pessoas foram curadas da doença, este ano, na cidade. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a possibilidade de vencer a infecção. “Os sintomas da doença são anemia, emagrecimento, sinais hemorrágicos, entre outros. Se diagnosticado e tratado corretamente, o paciente pode ser curado”, alerta a especialista.

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