A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) atualizou na sexta-feira (27) seu alerta epidemiológico sobre febre amarela. Desde o último boletim, de 2 de agosto de 2017, foram notificados novos casos da doença no Brasil, Guiana Francesa e Peru. Em território brasileiro, uma morte pela doença foi registrada no estado de São Paulo. Na mesma unidade federativa, infecções de macacos foram identificadas pela primeira vez nos municípios de Campo Limpo Paulista, Atibaia, Jarinu e na capital.
Desde agosto, foram confirmados em SP 70 óbitos desses animais por febre amarela. Autoridades locais deram início à vacinação de pessoas que vivem próximas às áreas onde ocorreram as mortes dos macacos.
No Peru, houve quatro novos casos de falecimentos de pessoas causados pela patologia. Na Guiana Francesa, uma mulher também perdeu a vida após ser infectada pela doença — esse foi o primeiro caso confirmado e diagnosticado no país desde 1998.
Vacinação
Segundo a OPAS, a medida mais importante para prevenir a febre amarela é a vacinação. Quem vive ou se desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger de picadas de mosquitos. Apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir imunidade e proteção ao longo da vida. Efeitos secundários graves são extremamente raros.
Pessoas com mais de 60 anos só devem receber o tratamento imunizante após avaliação cuidadosa de riscos e benefícios. A vacina contra a febre amarela não deve ser administrada em:
• Pessoas com doença febril aguda, cujo estado de saúde geral está comprometido;
• Pessoas com histórico de hipersensibilidade a ovos de galinha e/ou seus derivados;
• Mulheres grávidas, exceto aquelas com avaliação de alto risco de infecção e situações em que há recomendação expressa de autoridades de saúde;
• Pessoas severamente imunodeprimidas por doenças (por exemplo, câncer, AIDS etc.) ou medicamentos;
• Crianças com menos de seis meses de idade (consulte a bula do laboratório da vacina);
• Pessoas de qualquer idade com uma doença relacionada ao timo.
A OPAS faz uma série de recomendações às autoridades nacionais: realizar uma avaliação da cobertura contra a febre amarela em áreas de risco; assegurar a vacinação de todos os viajantes para áreas endêmicas pelo menos dez dias antes do deslocamento; e possuir um estoque que lhes permita responder aos surtos.