MPF pede informações sobre medidas contra escorpiões

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Escorpiões são encontrados em áreas em que há entulho FOTOS: TONINHO TAVARES/AGÊNCIA BRASÍLIA
A infestação de escorpiões em várias cidades da região levou o Ministério Público Federal (MPF) a pedir informações sobre o controle do aracnídeo. O procurador da República em Jaú, Marcos Salati, apura se todas as medidas de prevenção e combate estão sendo tomadas pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde – responsável pelo envio de soro antiescorpiônico às unidades hospitalares.
No dia 14 de abril, menino de 6 anos morreu na Santa Casa de Jaú após ser picado por escorpião em sua casa em Barra Bonita. Na ocasião, o garoto precisou ser transferido para a cidade vizinha porque não havia soro à disposição no Hospital e Maternidade São José.
O procurador encaminhou ofícios com requisições a vários órgãos públicos. À Diretoria Regional de Saúde (DRS-6) em Bauru, o MPF pergunta índices de infestação nas cidades da região, números de casos e óbitos por picadas e informações sobre o aparato das unidades de saúde.
Ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), o órgão questionou os critérios para definição dos locais em que o soro é disponibilizado, bem como a quantidade da substância que chega à rede básica.
O soro é considerado indispensável no tratamento realizado após a picada, que deve ser rápido. O produto é feito a partir do próprio veneno do aracnídeo, injetado em cavalos superimunizados.
Dados
As prefeituras também foram acionadas. Salatti questionou os registros de infestação e as medidas de controle e monitoramento, que são de responsabilidade dos municípios. A documentação foi encaminhada na última quarta-feira. Os escorpiões vivem em áreas com grande acúmulo de entulho, e o acúmulo deste material deve ser monitorado pelo poder público, inclusive nas propriedades particulares que não são mantidas limpas pelos donos.
Segundo a Secretaria de Saúde de Jaú, no ano passado, 102 aparições de escorpiões foram relatadas na cidade. Em 2016, foram 144 ocorrências.
Estima-se, contudo, que a quantidade seja subnotificada, uma vez que nem todos os cidadãos acionam o poder público para relatar os episódios.
O Ministério da Saúde foi acionado pelo Comércio, mas não retornou até o fechamento desta reportagem.
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