O governo do Amazonas anunciou nesta quinta-feira (28) a intensificação das ações de combate e controle da malária no estado. Em 2017, foram registrados 81 mil casos, 65% a mais do que no ano anterior. O avanço da doença continua este ano e, só no primeiro semestre, até o dia 21 de junho, foram registrados 32,5 mil casos. A situação é mais preocupante nos municípios do Alto Rio Negro.
Com quase 12 mil casos, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro são responsáveis por 53% dos registros de malária no interior. Em todo estado, São Gabriel da Cachoeira é o município amazonense com o maior número de casos, seguido por Manaus, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.
De acordo com a Secretaria de Saúde, foi registrado, na região, o crescimento de notificações de um dos tipos mais letais de malária. Por isso, o governo estadual decretou situação de emergência no Alto Rio Negro, o que facilita a compra de insumos e de equipamentos para intensificar as ações locais.
Está em andamento um processo de compra de mosquiteiros impregnados para a população ribeirinha. Outros 13 municípios estão entre os prioritários nas ações de combate à malária, incluindo a capital, Manaus. Os recursos federais para o combate e o tratamento da doença devem aumentar de 20% a 50%.
Profissionais de saúde, da vigilância sanitária e, até mesmo militares do Exército estão empenhados na identificação de casos para tratamento. Nas comunidades com o maior número de registro, eles realizam nebulização espacial com veículo tipo fumacê e borrifação intradomiciliar para matar o mosquito que transmite a malária.
Trata-se de uma doença infecciosa, transmitida por mosquitos. Os principais sintomas da malária são febre alta, calafrios intensos misturados com ondas de calor e muito suor, dor de cabeça, no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço.
Ao primeiro sinal de sintomas, é preciso buscar uma unidade de saúde ou um posto de microscopia para fazer o exame. Não existe vacina para malária, e a recomendação é que a população não permaneça em áreas de risco, como igarapés e florestas, no período do fim da tarde e início da noite. É fundamental o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa e uso de mosquiteiro impregnado.