Já na região do Cariri, notam-se as ausências das cidades mais populosas: Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte. Para participar da divisão, os municípios deveriam ter cumprido seis critérios de execução de ações previstas entre julho e dezembro de 2017: a instituição do Comitê Municipal Intersetorial de combate ao mosquito; o monitoramento dos indicadores de qualidade da vigilância das arboviroses; a cobertura mínima da visita domiciliar de 80% dos imóveis de cada município; a apresentação do Plano Municipal de Ação de Vigilância e Controle das Arboviroses para 2018, e a manutenção ou melhora dos índices de infestação predial.
No primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano, dos 183 municípios cearenses participantes, 54,6% apresentaram baixa infestação, 34,9%, média infestação e, 10,4%, alta infestação.
O número de cidades com alta infestação pelo mosquito diminuiu de 45, em 2017, para 19, neste ano, uma redução de 65,9%. Por outro lado, o número de municípios com infestação “satisfatória” saltou de 56 para 100. Com o rateio, caberá aos municípios classificados a divisão do incentivo de R$10 milhões. Segundo a Sesa, 69 deles terão incremento superior a 100% ao Piso Fixo da Vigilância em Saúde (PFVS), valor repassado pelo Ministério da Saúde para a execução de ações de vigilância em saúde, compreendendo a vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos. De acordo com a última planilha com a atualização semanal das Doenças de Notificação Compulsória divulgada pela Sesa, compilando informações até 23 de junho, já foram notificados 1.835 casos e nove óbitos por dengue (cinco deles em Fortaleza), e 907 casos (46% na Capital) e nenhum óbito por chikungunya, no Estado, em 2018.
Engajamento
Entre outras ações de mobilização permanente, o Selo Saúde Prédio Saneado, do Governo do Ceará, reconhece as instituições públicas que estruturaram brigadas de combate ao Aedes aegypti e estabeleceram a rotina de inspeção semanal dos prédios que abrigam esses órgãos para mantê-los livres do mosquito transmissor das arboviroses.
Apesar do engajamento do poder público, a Sesa reitera que “só o envolvimento da população traz um resultado efetivo do controle do mosquito Aedes aegypti”. Por isso, recomenda que caixas d’águas, potes, barris e bacias fiquem tampados; que garrafas e vasilhas sejam guardadas com a tampa para baixo; e que pratinhos de plantas sejam enchidos com areia.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/cidades-recebem-verba-para-combate-ao-aedes-1.1963896