H2FOZ – Paulo Bogler
A Prefeitura de Foz do Iguaçu declarou estado de atenção em relação a riscos de epidemias de doenças como dengue, leishmaniose, raiva transmitida por morcegos e outras doenças. O Decreto nº 26.504 do prefeito Chico Brasileiro (PSD) foi publicado na última sexta-feira, 6.
Os proprietários de imóveis ou seus responsáveis devem fazer a limpeza e a manutenção dos quintais, terrenos e edificações e a correta destinação de resíduos das propriedades. A prefeitura lavrará auto de infração a quem deixar de cuidar dos imóveis e poderá aplicar multa em dobro.
O município poderá realizar a limpeza de terreno baldio e cobrar pelo serviço. Agentes municipais poderão fazer o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, em casos de abandono dos espaços ou ausência de pessoa para garantir o acesso e a vistoria.
O decreto do prefeito concede amplos poderes aos órgãos públicos para o combate às doenças. “Fica autorizada a Secretaria Municipal da Saúde e os demais órgãos da Administração Pública Municipal, no âmbito de suas atribuições, a adotar todas as medidas que se fizerem necessárias ao restabelecimento da situação de normalidade”, diz a normativa.
Ao justificar o decreto que institui o estado de atenção em saúde em Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro cita a incidência de doenças provocadas por vetores, zoonoses e animais peçonhentos. Em 2018 foram notificados 18 casos de chikungunya e dez casos de zika, sendo um deles confirmado.
Foz do Iguaçu registrou a incidência de leishmaniose visceral na população canina e humana, com casos autóctones, que são os transmitidos na área geográfica da própria cidade. Até maio de 2018, foram 26 registros confirmados da doença.
Em relação à dengue, no ano epidemiológico de 2017/2018 foram notificados 1.967 e confirmados 123 casos. Neste ano são 1.054 casos suspeitos de dengue e 80 confirmados, conforme números que constam do decreto municipal que instituiu o estado de atenção em Foz.
No mês de maio deste ano, o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti) realizado em Foz do Iguaçu registrou índice de infestação do mosquito em sua fase adulta de 7,47%. Esse dado coloca a cidade sob alto risco para epidemia de dengue, chikungunya, zika, conforme classificação do Ministério da Saúde.
Fonte: https://www.h2foz.com.br/noticia/foz-declara-estado-de-atencao-por-dengue-leishmaniose-e-raiva