As mortes ocasionadas por veneno de escorpião saltaram no Brasil. Em 2013, o Ministério da Saúde registrou 70 casos, e só no ano passado foram 184 óbitos. Já a quantidade de picadas do artrópode aumentou de 37 mil para 126 mil.
Yasmin Lemos de Campo, de apenas quatro anos, foi a vítima mais recente: ela foi picada enquanto brincava no quintal de casa, em Cabrália Paulista, no interior de São Paulo. A cidade não tinha soro para interromper a ação do veneno e a garota foi encaminhada para um hospital em Bauru, a 50 km de distância. Contudo, ela recebeu o antídoto três horas depois da picada e acabou não resistindo.
No Brasil podem ser encontradas quatro espécies de escorpião: a mais perigosa é a Tityus serrulatus, popularmente conhecida como escorpião-amarelo. O habitat natural do artrópode é a savana, mas ele se adapta facilmente para sobreviver nos lixos, esgotos e entulhos, comuns nas cidades.
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Segundo Rogério Bertani, pesquisador do Instituto Butantã, uma das causas para sua proliferação é o desmatamento. “O escorpião se urbanizou, se acostumou a viver ao redor do homem, principalmente nas periferias dos municípios”, ele disse ao jornal O Estado de S. Paulo.
O escorpião-amarelo se reproduz por partenogênese. Ou seja, a fêmea consegue procriar mesmo sem a fertilização de um macho. O artrópode alimenta-se basicamente de insetos, principalmente as baratas. Além disso, o organismo do escorpião é devagar e ele pode ficar meses sem comer nada.
Uma equipe de estudos de escorpião em Americana, no interior paulista, já capturou quase oito mil escorpiões só este ano. De acordo com José Brites Neto, líder do grupo, isso só foi possível por causa de luzes ultravioletas, que sinalizaram onde os artrópodes estavam durante à noite.
Para Brites Neto, a proliferação do escorpião-amarelo ocorreu porque os esgotos possuem muitas baratas. “Essa espécie é dominadora, colonizadora e muito adaptável”, ele disse.
Em comunicado, o Ministério da Saúde declarou que está encaminhando doses de antídoto para todos os estados brasileiros. Eles deverão ser distribuídos de acordo com a necessidade de cada município.
(Com informações de The Guardian.)
Devido o aumento na população de baratas que é o alimento principal do escorpião ele vem se tornando o temor das áreas urbanas, nenhum repórter pergunta ao prefeito sobre o controle de pragas urbanas nas redes coletoras de esgotos das cidades.
Ele se prolifera no interior das redes coletoras e saem pelos ralos das casas e picando as pessoas os gerentes de saúde pública dos municípios são os responsáveis natos.