Agentes de saúde usam luz ultravioleta para caçar escorpiões no interior de SP

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Moradores de uma das maiores cidades da região noroeste do estado de São Paulo estão sendo obrigados a travar batalhas noturnas contra invasores perigosos.

Na escuridão não dá para ver nada, mas é só apontar a luz ultravioleta que o escorpião aparece. Ele fica com um brilho fluorescente porque o corpo dele é sensível a esse tipo de iluminação. E é desse jeito que os agentes de saúde estão caçando os bichos que vêm tirando o sono dos moradores de São José do Rio Preto.

“Sempre aparece, a gente vê nas paredes, no cesto de roupa eu já encontrei. A vizinha já encontrou em cima da cama”, conta a dona de casa Lucinéia Aparecida da Costa.

A cidade enfrenta uma infestação de escorpiões. Só em 2018, quase 300 pessoas foram picadas. Com luvas, botas, pinças e lanternas, os agentes e alunos de biologia procuram os animais nas casas e também em locais públicos.

A caçada aos escorpiões é sempre à noite porque o bicho tem hábitos noturnos. Quando escurece ele sai do abrigo à procura de alimento. Por isso as equipes dão preferência a lugares onde tem muito entulho, folhas secas – esconderijos que o escorpião adora.

“Os acidentes envolvendo os escorpiões se tornaram um importante problema de saúde pública. Estamos fazendo visitas nas residências e capturando todos os animais que encontramos para levantar o índice de infestação”, explica Abner Alves, gerente da Vigilância Ambiental.

Na segunda etapa do projeto, será aplicado inseticida nas galerias de esgoto. O escorpião amarelo é um dos mais perigosos. O veneno dele atinge o sistema nervoso, provoca alterações respiratórias e acúmulo de líquidos nos pulmões.

A Beatriz já tentou de tudo para afastar o bicho da casa dela, mas está difícil: “Tem alguns que a gente lembra de pôr dentro do pote, porque os outros a gente mata e deixa jogado aí mesmo”, conta a manicure Beatriz Rosa.

A melhor maneira de evitar a aproximação do escorpião é caprichar na limpeza, cuidado que pode proteger as pessoas do que aconteceu com o Fabiano, que foi picado quando já estava na cama, se preparando para dormir.

“Picou, senti que doeu bastante, olhei, já estava luz apagada, bati, vi que era um escorpião. Com um idoso ou uma criança pequena, o problema com certeza ia ser maior”, lembra o veterinário Fábio Bezerra da Silva.

Fonte: JN

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