O Parque da Ilha completou no último sábado (8) quatro meses de interdição em Divinópolis. A área foi fechada para os visitantes em agosto depois da confirmação de duas mortes por febre maculosa na cidade.
Nos dois casos, foi constatado que os pacientes estiveram no parque, onde podem ter sido picados pelo transmissor da doença, o carrapato estrela.
Apenas neste ano, foram confirmados cinco casos de febre maculosa em Divinópolis- três dos quais resultaram na morte dos pacientes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). A única sobrevivente foi uma menina de 8 anos. Outras notificações ainda estão sob investigação.
No dia 5 de novembro, um boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que, com os casos de Divinópolis, já são 12 registros da doença do carrapato no Centro-Oeste de Minas.
Prevenção
Desde que surgiram as primeiras confirmações de febre maculosa me Divinópolis. A Prefeitura iniciou uma série de medidas de combate e prevenção.
Desde agosto, áreas propícias à proliferação do carrapato, como campos de futebol e o próprio Parque da Ilha, foram interditados. Além disso, equipes de dedetização foram enviadas para diversos pontos do município e desenvolveu-se um trabalho de esclarecimento sobre a doença.
Uma comissão para definir as ações contra a proliferação do carrapato-estrela também foi criada. Com isso, desde outubro, as desinterdições começaram a ser feitas e o surgimento de novas notificações reduziu. O último caso confirmado da doença é do dia 12 de novembro, conforme a Semusa.
O órgão explicou que o Parque da Ilha permanece interditado porque a vistoria feita no final de outubro ainda detectou a presença de muitos carrapatos. A situação ainda é considerada de alerta no município.
Doença
O carrapato é o principal transmissor da doença e a capivara é um dos animais que mais têm o carrapato-estrela ou micuim – transmissor da febre maculosa. O carrapato também pode ser encontrado em bois cavalos, cães, aves e roedores.