Balanço do Ministério da Saúde aponta que 250 cidades de São Paulo estão em alerta para dengue, chikungunya e zika. Cinco delas somam 1.170 casos suspeitos e quase 300 confirmações da doença.
A maioria dos casos está na rota entre Orlândia e Igarapava. Em São Joaquim da Barra, três pessoas morreram com suspeita de dengue grave (hemorrágica). Igarapava tem 500 casos suspeitos.
Ainda de acordo com os dados, um trecho de 80 quilômetros da Rodovia Anhanguera concentra o maior número de casos de dengue da região de Ribeirão Preto.
A proximidade entre os municípios e a grande circulação de pessoas que trabalham e estudam em lugares diferentes de onde moram faz com que essa proliferação aconteça de forma agressiva.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue.
A contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
Os principais “sinais de alerta” da doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
Período crítico
O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento. Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente.
Ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O número de plaquetas no sangue ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento.
O monitoramento clínico e laboratorial precisa ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A complicação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente deve fazer pelo menos três exames de sangue: no início da dengue, depois da febre e uma terceira vez para ver se as plaquetas já voltaram ao normal.
Tratamento
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco ou isotônicos.
Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
Não existe um medicamento específico para a doença. A medicação serve basicamente para aliviar os sintomas.