Uma equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) iniciou nesta quinta-feira (14), em Matão (SP), a instalação de armadilhas para capturar o mosquito palha, transmissor da leishmaniose visceral.
A cidade entrou em alerta sobre a presença do mosquito após a confirmação da doença em uma bebê de nove meses. A criança está internada no Hospital das Clínicas Criança de Ribeirão Preto.
Armadilha
A armadilha é composta por um recipiente com uma luz dentro, que atrai o mosquito palha, e um mini ventilador que puxa o inseto para dentro da rede.
O mosquito capturado é levado para análise e, em caso positivo de contaminação, é aplicado um fumacê na região em que ele foi localizado.
Na área urbana, a transmissão da doença ocorre após o mosquito palha picar um cachorro infectado e depois um humano.
O diretor da Vigilância Sanitária de Matão, Sérgio Luiz Lucatelli, explica que ambientes úmidos com temperaturas elevadas atraem o transmissor da leishmaniose visceral. “Eles estão principalmente nos locais onde tem resto de folhagem e resto de vegetação”.
Segundo Lucatelli, tanto os cachorros da moradia da criança contaminada, quanto os animais do canil municipal foram examinados e não foi detectada presença do protozoário.
“Ainda é necessário fazer uma pesquisa em todo o bairro para que seja detectado o animal hospedeiro”, explicou o diretor da vigilância sanitária.
Sintomas da leishmaniose visceral:
- Fraqueza
- Emagrecimento
- Aumento do baço e fígado
- Comprometimento da medula óssea
- Problemas respiratórios
O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde informou que não foi notificado nenhum caso da doença neste ano e que o de Matão ainda está sendo investigado.
No ano passado, foram identificados 91 casos de leishmaniose visceral no estado de São Paulo e oito pessoas morreram.