Os casos de dengue no Estado aumentaram 2.124% nas 11 primeiras semanas do ano. O levantamento, divulgado ontem pelo governo federal, mostra que foram pouco mais de 83 mil pessoas infectadas só neste ano em São Paulo, número correspondente a 36% das infecções no país.
Já o número de casos de chikungunya cresceu 443% enquanto de zika, 201%. As estatísticas foram consideradas preocupantes pela Secretaria de Saúde, que vê uma epidemia no noroeste do Estado.
“O município de São Paulo e o ABC se encontram em situação tranquila, mas existe epidemia em dez municípios do noroeste, entre eles Bauru, Araraquara e Rio Preto”, disse ao Destak Regiane de Paula, diretora do centro de vigilância epidemiológica do Estado.
As cidades do noroeste empurraram o aumento das mortes pelo vírus. No primeiro trimestre, foram 21 óbitos, mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Regiane mostra preocupação com a proliferação do sorotipo 2 do vírus, bem maior do que nos últimos anos.
“Quando houve epidemia em 2015, predominou o sorotipo 1. Agora, já são 57 municípios com o tipo 2, que apresenta sintomas mais agressivos”, alerta.
A Secretaria de Saúde afirma que o número divulgado pelo governo federal está equivocado, porque abrange casos não confirmados em laboratório. A gestão Doria diz que foram 40,7 mil infecções até 18 de março.
Já o Ministério da Saúde ressalta que o número divulgado pelo Estado não reflete a realidade, pois a maioria dos casos são descobertos e tratados após o médico identificar os sintomas, sem necessariamente passar por laboratórios.
Os dois concordam, no entanto, que a melhor forma de combater a proliferação é com informação, já que a maioria dos criadouros do mosquito estão dentro das casas.