Divulgado nesta segunda-feira (8), o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostrou que em 2019, Mato Grosso do Sul registrou 16 casos de leishmaniose visceral, metade deles em Campo Grande e um óbito em Três Lagoas.
Segundo o boletim, até o dia 4 de abril oito cidades registraram os casos e liderando o ranking está a Capital com 8, metade do total. Em seguida vem Coxim com 2 notificações confirmadas. Já Aparecida do Taboado, Alcinópolis, Aquidauana, Bataguassu e Corumbá tiveram apenas 1 registro de leishmaniose.
Em Três Lagoas, houve uma notificação com morte pela doença. No mês de março, um bebê de cerca de um ano de idade foi a primeira vítima por leishmaniose visceral no município, a cerca de 330 km de Campo Grande.
No começo de abril, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirmou que médicos da cidade, receberiam uma capacitação para detecção da doença na Atenção Básica, promovida pela Gerência Técnica das Zoonoses, ligada a Superintendência Geral de Vigilância em Saúde da pasta. O objetivo é possibilitar o diagnóstico da doença em estado inicial.
De 2011 ao dia 4 de abril de 2019, Mato Grosso do Sul registrou 1.583 casos de leishmaniose visceral com 106 óbitos.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença ainda sem cura e transmitida pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e de animais doentes, principalmente cães, e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Entre os principais sintomas da leishmaniose visceral, considerada mais grave, estão alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.
Para combater os focos do mosquito, é fundamental manter terrenos limpos de resíduos orgânicos, como folhas, frutas e lixo comum – diferentemente do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikuyngunia, o mosquito-palha não precisa de água parada para se reproduzir.