O número de casos de chikungunya no Rio de Janeiro quase dobrou este ano na comparação com 2018. Já são quase 60 mil registros da doença no estado até o início do mês de julho.
Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 9 de julho foram registrados 59.881 casos da doença. Em 2018, no mesmo período, foram 30.285 casos. As regiões que registraram maior aumento foram a Metropolitana e Noroeste do estado.
Na capital, foram contabilizados mais de 24 mil casos da doença. Nos quatro primeiros meses de 2019, o aumento foi de 80%. Entre janeiro e abril do ano passado, a cidade contabilizou 3.413 casos de chikungunya, contra 6.188 este ano. Campo Grande, na Zona Oeste, foi o local com maior incidência da doença.
A febre chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti, em áreas urbanas, e Aedes albopictus, em ambientes rurais. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.
Os sintomas têm início entre dois e 12 dias após a picada do mosquito. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas e ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Segundo os especialistas, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo e eliminando os possíveis criadouros.
De acordo com a secretaria municipal de Saúde, já foram realizadas mais de 4,9 milhões de visitas de inspeção para busca e eliminação de possíveis focos do Aedes aegypti em toda a cidade este ano.
O governo do estado afirma que desde o início do ano vem realizando ações para conter o avanço da doença, como o Dia D, quando são feitas, por exemplo, a checagem de locais e distribuição de material informativo.