Prefeitura de Salto confirma primeira morte do ano por febre maculosa

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Carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa — Foto: Reprodução/TV Globo

A Prefeitura de Salto (SP) confirmou, nesta quarta-feira (7), a primeira morte do ano causada pela febre maculosa na cidade. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela.

Segundo a prefeitura, o resultado da sorologia saiu na sexta-feira (2). A vítima é um homem de 35 anos que morava no bairro Itapecerica. O último caso de morte por febre maculosa foi registrado há um ano na cidade, quando a estudante Laura Bertajoni Vicente, de 15 anos, contraiu a doença.

O homem relatou parasitismo por carrapatos no dia 12 de julho e morreu no dia 21. De acordo com a família, o homem contraiu a doença durante um trabalho de construção de cerca nas margens do lago da propriedade.

Segundo a Secretaria de Saúde, o filho da vítima apresentou sintomas semelhantes, mas recebeu o tratamento e está bem.

Ainda conforme a prefeitura, de janeiro a julho deste ano, foram notificados 11 casos de febre maculosa. Destes, oito foram descartados, um foi confirmado e dois aguardam resultados.

A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, foi notificada pela prefeitura sobre o caso.

Sobre a febre maculosa

Febre maculosa brasileira é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii.

Esse carrapato pode ser encontrado em animais de grande porte, como bois, cavalos, cães, aves domésticas, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os reservatórios naturais.

Não existe a transmissão da doença de uma pessoa para outra. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares (principalmente nas costas e batata da perna), calafrios e manchas vermelhas pelo corpo (inicialmente nas palmas das mãos e plantas dos pés).

Recomendação

A prefeitura reforça que a população de carrapatos no ambiente aumenta nos meses de maio até outubro, período em que ocorre um maior número de casos da doença.

A recomendação é que a população evite frequentar locais com probabilidade de haver carrapatos, como áreas de pastagem, trilhas em matas e margens de rios e lagos, onde há circulação de animais silvestres.

Quando o contato não pode ser evitado, recomenda-se que as pessoas façam vistorias pelo corpo, em busca dos micuins (larvas do carrapato-estrela).

As roupas devem ser descartadas para lavagem após o retorno de áreas sabidamente infestadas. A vistoria no corpo deve ser realizada de hora em hora, com o cuidado para não coçar possíveis pontos de parasitismo, pois pode provocar a queda de carrapatos no ambiente e acabar parasitando outra pessoa da casa.

Medidas

Dentre as ações para evitar a doença na cidade, a realização de monitoramento/captura mensal de carrapatos em vários locais está ajudando a elaborar um estudo para aplicação de fungos que irão combater os carrapatos.

Também foram implantadas placas indicativas em locais de possível parasitismo, sobre a presença do carrapato-estrela, além de medidas de cuidados após visitação a essas áreas.

Ainda foram colocadas cercas em locais que ficam às margens de rios e lagos para coibir a presença de capivaras, hospitaleiras do carrapato-estrela.

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