Dengue: até rede social será monitorada

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Toninho Gimenez, Telma Gobbi, Clodoaldo Gazzetta, José Eduardo Fogolin e Rodrigo Said, ontem

Com 25.417 casos de dengue e 32 óbitos provocados pela doença só neste ano, Bauru decidiu utilizar todas as armas possíveis para fugir de uma nova epidemia. Entre elas, está até uma ferramenta de monitoramento das redes sociais, que deverá auxiliar o município a identificar até os locais onde há rumores de ocorrências da condição. Na manhã desta sexta-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou ações do tipo durante uma coletiva de imprensa, da qual também participaram o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD), o titular da Secretaria Municipal de Saúde, José Eduardo Fogolin, além de outras autoridades.

Coordenador-geral de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Rodrigo Said afirma que o órgão trabalha com alguns eixos de atividades de enfrentamento ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

Denominada Vigilância Baseada em Eventos, a iniciativa de monitorar as redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, visa mapear as palavras relacionadas à doença. “Assim, a Saúde terá melhor noção do quadro clínico da cidade como um todo, facilitando o direcionamento das ações de combate”, argumenta.

Nesta sexta, o prefeito assinou decreto que dispõe sobre o Programa Municipal de Enfrentamento à Dengue, onde consta a adesão às ações propostas pelo Ministério da Saúde.

Os servidores municipais já começaram a receber capacitação por parte dos técnicos do órgão e a expectativa é de que os trabalhadores utilizem a ferramenta a partir da publicação do documento, prevista para a próxima terça-feira (24).

‘ARMADILHAS’

Após a data, o poder público municipal adotará outras diretrizes do Ministério da Saúde. Uma delas diz respeito ao uso de “armadilhas”, que serão colocadas em pontos críticos, ou seja, com maior infestação do Aedes.

Recipientes espalhados por estes locais deverão impregnar, de inseticida, as patas das fêmeas do mosquito. Elas terão condições de carregá-lo para outros criadores de difícil acesso, promovendo a sua extinção.

O município também colocará em prática uma nova estratégia de monitoramento entomológico, que funcionará como um complemento ao Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa).

Atualmente, a pesquisa é feita a cada três meses, quatro vezes ao ano. Com a ação, o retrato da infestação do mosquito sairá quinzenalmente. “O maior conhecimento sobre a presença do Aedes levará a prefeitura a melhor direcionar as ações às áreas consideradas críticas”, complementa Rodrigo Said.

Para tanto, usará outra “armadilha”. Nela, um pote de plástico estará repleto de uma solução de água com capim, grande atrativo para a fêmea do mosquito. Toda semana, o município substituirá a composição e verificará a quantidade de ovos depositados. 

Para o prefeito, as estratégias do governo federal impactarão na economia local. “Espero que, com a prevenção, usemos menos recursos públicos do que em 2018, quando injetamos R$ 14 milhões para atender mais de 200 mil pessoas dentro das unidades de urgência e emergência. Uma verdadeira operação de guerra”, finaliza Gazzetta.

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Toninho Gimenez, Rodrigo Said, Clodoaldo Gazzetta, Telma Gobbi e José Eduardo Fogolin: assinatura do decreto se deu nesta sexta-feira / Foto: Samantha Ciuffa
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