A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina confirmou, no início da tarde dessa terça-feira (15), o quarto caso de febre do Nilo Ocidental no estado do Piauí. Trata-se de uma paciente do sexo feminino que sofreu quadro agudo de encefalite, inflamação do sistema nervoso, no mês de abril de 2019.
A mulher foi internada no Hospital de Urgência de Teresina, fez o tratamento e recebeu alta. Segundo a FMS, a paciente ficou com sequelas neurológicas. A FMS está investigando a possibilidade dela ter adquirido a doença no Piauí (caso autóctone).
“Isso porque a paciente esteve nos municípios de Cabeceiras – PI e Lagoa Alegre – PI, nas semanas anteriores ao adoecimento”, explica o neurologista da FMS, Marcelo Vieira. A diretora de Vigilância em Saúde da FMS, Amariles Borba, lembra que o primeiro caso humano de Febre do Nilo Ocidental foi registrado no município de Aroeiras do Itaim – PI, em 2014. “
Desde então, outros dois casos haviam sido confirmados nos municípios de Picos – PI e Piripiri – PI, ambos em 2017. Os casos em equídeos já foram detectados nos estados do Ceará, do Espírito Santo e de São Paulo”, afirma.
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. A doença é originária do Egito, norte da África, e cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas. Em 20% dos casos os principais sintomas são a febre alta, dores de cabeça. Doença de notificação compulsória imediata (em até 24h) em todo o território nacional, desde 2006, a Febre do Nilo afeta o sistema neurológico e manifesta-se na forma de encefalite, paralisia flácida aguda ou meningite asséptica, podendo levar à morte em 10% dos casos ou deixar sequelas neurológicas em significativa proporção dos sobreviventes.
“A prevenção da doença dá-se através de medidas para minimizar a proliferação e o contato dos mosquitos com humanos. Todos os casos suspeitos em Teresina são notificados e investigados laboratorialmente para febre do Nilo Ocidental, em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí e o Instituto Evandro Chagas”, finaliza Marcelo Vieira.
Foto: Ascom/FMS