Na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, estão sendo testadas armadilhas contra Aedes Aegypti, transmissor de doenças perigosas: a dengue, a zika, a chikungunya e a febre amarela. A armadilha contamina o animal e o transforma em um agente de combate à dengue. Santos é a segunda do país a testar as armadilhas, que já são utilizadas nos Estados Unidos e outros 65 países.
A armadilha atrai os mosquitos fêmeas, pelo cheiro da água, para dentro do recipiente. O inseto, ao repousar em uma gaze, que fica dentro da armadilha, se infecta com produtos biológicos feitos de larvas e fungos.
O mosquito fêmea contaminado sai da armadilha e procura outro lugar com água parada para depositar mais ovos. O produto nas suas pernas se dissolve e contamina a água do novo local. Na água, quando os ovos se transformam em larvas geram odores que atraem mais mosquitos. Antes de completarem o último estágio de desenvolvimento, as larvas morrem, impedindo que virem mosquitos adultos.
Além de contaminar o mosquito para que ele ajude a combater a proliferação dos insetos, o fungo usado torna o mosquito menos ativo e reduz sua disposição para picar seres humanos. Após alguns dias, o mosquito contaminado morre.
Cada equipamento cobre até 400m². O projeto-piloto conta com 50 armadilhas espalhadas nos bairros Encruzilhada e Vila Mathias e terá duração de 90 dias na cidade, sem custos para os cofres públicos.
Outro tipo de armadilha foi instalada no mesmo trecho escolhidos para o projeto-piloto. Esse tipo de equipamento atrai o mosquito fêmea, mata e contabiliza o número de insetos atraídos. Os dados vão para a Secretaria de Saúde de Santos, para comprovar se a presença do Aedes no trecho do projeto está aumentando ou diminuindo.