Controle do maruim já chega a 11% das cepas de bananeiras

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Foto: reprodução internet

O Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali) e a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) seguem com o Programa Maruim, que já apresenta resultados positivos, na avaliação dos cientistas Gilmar Sidnei Erzinger e Lineu Fernando Del Ciampo, responsáveis pelo laboratório e pela produção do Controle Bioativo do Maruim (CBM), instalado na Barra do Rio Cerro, junto as Secretarias de Agricultura e de Obras.

Em setembro de 2019 foi lançado o CBM beneficiando oito municípios consorciados, incluindo Luiz Alves, que ajudaram financeiramente na montagem e sustentação do laboratório para a sua produção.

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Propriedades pilotos foram escolhidas em cada município, no início, mas durante o ano passado, mesmo com a pandemia, o programa avançou, segundo Gilmar e Lineu, chegando a 429 propriedades e aplicação de 1.856 litros do produto.

O CBM não elimina o maruim. É preciso que seja aplicado continuamente, assim como acontece com o larvicida biológico que controla o borrachudo.

Os cientistas que estão na frente do programa estão conversando com os novos gestores e secretários municipais, explicando o estágio em que se encontra e buscando o apoio para que haja continuidade, uma vez que é preciso saber até que ponto existe o interesse na sua ampliação, para aumentar a produção do controlador da micro mosca que tantos incômodos causa.

O maruim é uma mosca, o borrachudo é um mosquito. Até dezembro, 439 propriedades, segundo Lineu Del Ciampo, participavam do programa. O Controle Bioativo do Maruim é aplicado na cepa da bananeira cortada para evitar que a mosca prolifere com a postura dos ovos. Ele calcula que 1,6 milhão de pés de bananeira estão recebendo a aplicação, o que corresponde a 11% da área de bananeiras plantadas nos oito municípios que integram o consórcio.

Todas as propriedades têm uma ficha de controle da aplicação e são documentadas. Lineu conta que será desenvolvido um aplicativo para acompanhamento da entrega e aplicação do CBM aos agricultores participantes.

Produto biológico exclusivo tem patente requerida junto ao INPI

A produção do Controle Bioativo do Maruim se dá em pequena escala, atualmente. A ideia é ampliar com a adesão de mais propriedades. Existe interesse de outros municípios de Santa Catarina e de outros Estados pelo produto.

No entanto, como explicaram Gilmar Erzinger e Lineu Del Ciampo, a produção é única e exclusiva do Consórcio de Gestão Pública Intermunicipal do Vale do Itapocu (Cigamvali), que detém a fórmula e o que é produzido é destinado aos municípios de Barra Velha, Corupá, Guaramirim, Schroeder, Massaranduba, Jaraguá do Sul, São João do Itaperiú e Luiz Alves.

Em agosto do ano passado, foi requerido o pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para impedir que terceiros produzam e usem para fins comerciais a propriedade intelectual, que é exclusiva do Cigamvali. Isto porque a ideia é que o Programa do Maruim se auto sustente por meio da produção e venda do produto bioativo para interessados de cidades catarinenses e de outros Estados, onde o maruim também é uma praga.

A estratégia de combate ao maruim consiste no uso do controlador bioativo, que interfere no desenvolvimento das larvas. Ele é específico, não mata outros insetos e tampouco prejudica o meio ambiente, por ser natural. O combate à mosca é feito na fase larval e não o maruim adulto, impedindo que façam a postura dos ovos e se desenvolvam, durante o seu ciclo de vida.

Os cientistas especialistas em ecossistemas, Lineu Del Ciampo e Gilmar Erzinger, defendem a ampliação do Programa, de modo a reduzir a praga que afeta tanto humanos quanto animais de sangue quente, pela alta infestação nas áreas rurais e também urbanas da região.

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