RS Registra 54 Casos Confirmados e 10 Mortes por Leptospirose em 2024

Alerta Máximo: RS Registra 10 Mortes por Leptospirose em Meio às Enchentes

5 min. leitura
Perigo da Leptospirose apos as enchentes - Pragas e Eventos

Doença já causou quatro óbitos relacionados às enchentes; Secretaria da Saúde alerta para os riscos de contágio

O Rio Grande do Sul notificou 1.140 casos de leptospirose em 2024, com 54 confirmações até o momento, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do RS nesta quinta-feira (23/5). A doença já resultou em dez mortes, sendo que seis delas ocorreram até 19 de abril.

Óbitos Relacionados às Enchentes

Quatro dos óbitos registrados estão diretamente relacionados às enchentes que atingiram o estado. As cidades de Travesseiro, Venâncio Aires, Porto Alegre e Cachoeirinha foram as mais afetadas.

O primeiro óbito confirmado, em 20 de maio, foi de um homem de 67 anos em Travesseiro, no Vale do Taquari.

O segundo, confirmado nesta quinta, foi de um homem de 33 anos de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo.

Mortes em Investigação

Além dos casos confirmados, há quatro óbitos sob investigação para verificar a possível relação com a leptospirose. A Secretaria da Saúde do RS continua monitorando a situação e ressaltando a importância de medidas preventivas.

Causas das Enchentes

As enchentes no Rio Grande do Sul são causadas principalmente por chuvas intensas que levam ao transbordamento de rios. Outro fator é a inadequação no sistema de drenagem, que não consegue escoar o volume excessivo de água, resultando em alagamentos em diversas áreas. Essas condições criam um ambiente propício para a disseminação da leptospirose.

Ações do Governo

O governo do estado está adotando diversas medidas para lidar com as enchentes e prevenir a propagação da leptospirose. Entre as ações estão campanhas de conscientização sobre os riscos e formas de prevenção, a distribuição de materiais de proteção como botas e luvas, e a realização de ações de limpeza e desinfecção nas áreas afetadas pelas enchentes.

Como Ocorre o Contágio

A leptospirose é transmitida pelo contato da pele ou mucosas com água contaminada, frequentemente após enchentes. Os sintomas, que podem surgir entre cinco a 14 dias após a infecção, incluem febre, dor muscular, dor de cabeça e podem durar até um mês. A prevenção inclui evitar contato com água de enchentes e garantir saneamento básico adequado.

Sintomas e Tratamento

Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor muscular intensa, especialmente nas panturrilhas, dor de cabeça, calafrios, vômitos, diarreia e icterícia (pele e olhos amarelados). Em casos graves, pode levar à meningite, insuficiência renal e hemorragias. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, e inclui o uso de antibióticos e, em casos severos, internação hospitalar para cuidados intensivos. Procurar assistência médica imediata ao surgirem os primeiros sinais é crucial para um prognóstico favorável.

Impacto na Saúde Pública

A leptospirose tem um impacto significativo na saúde pública, especialmente em regiões propensas a enchentes. Em outros estados do Brasil, também houve aumento nos casos de leptospirose, destacando a necessidade de medidas preventivas em nível nacional. O Ministério da Saúde tem intensificado ações de monitoramento e campanhas educativas para enfrentar o problema em todo o país.

Números de 2023

No ano passado, a leptospirose causou a morte de 25 pessoas no Rio Grande do Sul, com um total de 477 casos registrados. Esses números destacam a gravidade da doença e a necessidade contínua de vigilância e medidas preventivas.

Medidas de Prevenção e Alerta

A Secretaria da Saúde do RS alerta a população para os riscos de contágio e reforça as seguintes medidas preventivas:

  • Evitar contato com água ou lama de enchentes.
  • Usar botas e luvas ao manusear materiais possivelmente contaminados.
  • Garantir que alimentos e água potável estejam protegidos de roedores.
  • Manter áreas residenciais limpas e livres de lixo, que pode atrair roedores.

A conscientização e a adoção dessas práticas são essenciais para reduzir o risco de leptospirose, especialmente em regiões propensas a enchentes.

Compartilhar