Fiscalização revela riscos à saúde de pacientes e profissionais de enfermagem
O Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos nos Serviços de Saúde do Ceará (Sindsaúde) realizaram uma fiscalização no Hospital São Raimundo, em Fortaleza, após denúncias recebidas por seus canais de ouvidoria. A vistoria, realizada na noite da última sexta-feira (7), revelou condições alarmantes que comprometem a segurança dos pacientes e o trabalho da equipe de enfermagem.
Infestação de pragas na UTI
A inspeção encontrou ratos e baratas dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), representando um sério risco sanitário. Além disso, os profissionais enfrentam uma sobrecarga de trabalho devido ao déficit de pessoal e condições inadequadas para o desempenho de suas funções.
Falta de estrutura e sobrecarga de trabalho
De acordo com a fiscalização, a equipe de enfermagem sofre remanejamentos constantes, o que agrava o subdimensionamento de pessoal na UTI. Profissionais têm sido retirados do setor para atuar em novas áreas sem reposição adequada.
Outras irregularidades constatadas incluem:
- Ausência de um livro físico de notificações, dificultando o registro de incidentes;
- Falta de cadeiras para os profissionais na UTI 2;
- Descanso improvisado no chão para a equipe de enfermagem;
- Banheiro compartilhado entre profissionais e pacientes;
- Demora no atendimento devido à necessidade de buscar medicamentos em outros setores do hospital.
Repercussão e exigência de providências
A presidente do Coren-CE, Natana Pacheco, condenou as condições insustentáveis enfrentadas pela enfermagem. “A presença de pragas dentro de uma unidade de terapia intensiva é um risco grave para pacientes e profissionais. Isso é inadmissível, e não vamos aceitar que a enfermagem continue enfrentando esse cenário.”
Para a conselheira do Coren-CE, Stela Mara, a situação demonstra negligência com a enfermagem e a segurança dos pacientes. “A ausência de condições básicas de trabalho reflete diretamente na qualidade da assistência prestada.”
A diretora do Sindsaúde, Martinha Brandão, também cobrou medidas urgentes. “Não há justificativa para essa precarização do trabalho da enfermagem. Estamos diante de um cenário crítico e exigimos que a gestão do hospital tome providências imediatas.”
O Coren-CE encaminhará um relatório detalhado da fiscalização aos órgãos competentes, exigindo a regularização da unidade e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.
Para mais informações sobre saúde e segurança hospitalar, acesse Pragas & Eventos.
Fonte Coren-CE