Fábrica de sorvetes é fechada após consumidora encontrar barata em picolé

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A Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon fecharam uma fábrica de picolés em Belford Roxo
A Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon fecharam uma fábrica de picolés em Belford Roxo — Foto: Reprodução/ TV Globo

Fiscalização identificou diversas irregularidades sanitárias e estruturais no local

Após a imagem de uma barata dentro de um picolé viralizar nas redes sociais, a Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon interditaram a fábrica responsável pela produção do sorvete. O caso aconteceu na Praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante o Carnaval.

Registro do incidente gerou repercussão

O vídeo que expôs a situação foi gravado por um banhista que testemunhou o ocorrido. Nas imagens, ele expressa espanto ao mostrar o picolé, parcialmente consumido, com a barata dentro. O sorvete foi adquirido por uma consumidora no local.

O caso gerou ampla repercussão online, com internautas compartilhando o vídeo acompanhado de hashtags como #PicoléSaborBarata e #DoceVerão. Além das críticas, o episódio levantou questionamentos sobre os padrões de higiene na produção de alimentos e a necessidade de fiscalização mais rigorosa.

Consumidores relataram preocupação com a segurança dos produtos vendidos em praias e quiosques, reforçando a importância de maior controle sanitário e transparência das empresas do setor.

Fábrica interditada por condições insalubres

A fábrica da Doce Verão, localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi fechada na quinta-feira (6) após uma inspeção detalhada. Os fiscais encontraram diversas irregularidades sanitárias e estruturais, incluindo mofo nas paredes e no teto, ralos inadequados, ausência de telas de proteção contra pragas e rachaduras nas instalações.

Além disso, a fábrica operava sem licença sanitária e sem o certificado do Corpo de Bombeiros, fatores que contribuíram para sua interdição imediata. A Doce Verão só poderá retomar as atividades após cumprir todas as exigências legais e sanitárias.

Problemas encontrados na fábrica

Durante a inspeção, os fiscais identificaram uma série de infrações que comprometiam a segurança alimentar, incluindo:

  • Falta de licença sanitária e certificado do Corpo de Bombeiros;
  • Mofo no teto e rachaduras nas paredes;
  • Ralos inadequados e ausência de telas de proteção contra pragas;
  • Deficiências na estrutura e higiene do local.

A ausência de barreiras contra insetos chamou atenção, visto que a contaminação com a barata pode ter sido consequência dessas falhas. A Doce Verão só poderá reabrir após cumprir todas as exigências legais e sanitárias impostas pelas autoridades.

Próximos passos e medidas impostas

Após a interdição, a Doce Verão recebeu uma lista de exigências para corrigir as falhas encontradas. Entre as principais medidas estão:

  • Obtenção da licença sanitária e regularização junto ao Corpo de Bombeiros;
  • Reparos estruturais, como conserto de rachaduras e eliminação de mofo;
  • Instalação de telas de proteção contra pragas;
  • Melhoria na higiene e adequação dos processos de produção.

O Procon-RJ e a Sedcon acompanharão de perto as mudanças na fábrica antes de liberar sua reabertura. Enquanto isso, o caso segue como um alerta para o setor alimentício, demonstrando a importância da fiscalização e do compromisso com a segurança dos consumidores.

Importância da fiscalização e segurança alimentar

Casos como esse reforçam a necessidade de rigor na fiscalização de alimentos comercializados em locais públicos. Durante períodos de grande movimentação, como o Carnaval, a atenção à qualidade e à higiene dos produtos deve ser redobrada.

Os consumidores que encontrarem irregularidades devem registrar denúncias junto à Vigilância Sanitária e aos órgãos de defesa do consumidor para garantir a segurança alimentar de todos.

Reprodução Internet
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A Secretaria de Defesa do Consumidor e o Procon fecharam uma fábrica de picolés em Belford Roxo
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