Crescimento de 11% nos casos destaca a gravidade do problema e a necessidade de prevenção
O número de notificações de acidentes com escorpiões no Brasil ultrapassou 200 mil em 2023, representando um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Além disso, as mortes relacionadas a picadas cresceram de 94 em 2022 para 134 no último ano, com São Paulo e Minas Gerais liderando os registros.
Escorpiões: um risco ampliado pelo calor
Os meses mais quentes do ano, como primavera e verão, intensificam o risco de acidentes com escorpiões devido ao calor e à umidade. Segundo Leonardo Noronha, técnico da Fundação Ezequiel Dias (Funed), “o veneno do escorpião é altamente tóxico e pode ser fatal, especialmente para crianças e idosos. Em caso de picada, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente”.
O tratamento pode incluir a aplicação de soro, recomendada para os casos mais graves após avaliação profissional.
A infestação em áreas urbanas
Os escorpiões têm invadido cada vez mais áreas urbanas, como foi o caso de Stephanie, moradora de Belo Horizonte, que precisou se mudar após enfrentar uma infestação. “Dormíamos com a luz acesa por medo dos escorpiões. Era algo desconhecido para mim”, relatou. Esse cenário reforça a importância de medidas preventivas, principalmente em regiões com alta densidade populacional.
Prevenção começa pela limpeza
Uma das principais formas de evitar a presença de escorpiões é o controle de baratas, que são sua principal fonte de alimento. “Baratas costumam aparecer em locais sujos. Mantendo o ambiente limpo, prevenimos o surgimento de baratas e, consequentemente, de escorpiões”, destacou Leonardo.
A conscientização sobre esses cuidados, aliada à limpeza dos ambientes, é fundamental para evitar novos acidentes, especialmente durante os períodos mais críticos do ano.