Os moradores de São Paulo estão enfrentando um aumento no número de ataques de escorpiões, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Em janeiro deste ano, foram registrados 3.000 casos de picadas de escorpião, representando um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especialistas afirmam que a proliferação desses animais tem sido favorecida por diversas condições, incluindo a existência de muitos terrenos sem manutenção e o lixo mal acondicionado nas ruas e casas.
Em entrevista ao SBT, o biólogo Randy Baldresca alertou sobre os riscos de ataques de escorpiões, destacando que quanto mais próxima a ferroada estiver da cabeça e do coração, mais grave pode ser o caso. Ele recomenda procurar um serviço de saúde imediatamente caso ocorram sintomas como falta de ar, aumento da caixa torácica, sudorese abundante, pressão arterial baixa e regurgitamento do alimento.
Baldresca também destaca que o uso de venenos não específicos para escorpiões pode agravar a multiplicação desses animais. Quando ficam estressados, os escorpiões entram em processo de reprodução assexuada, e as fêmeas podem produzir entre 20 e 40 novos descendentes sem precisar de um macho.
Para prevenir a entrada desses animais em suas casas, Baldresca recomenda o uso de telas nos ralos e evitar acumular materiais de construção como restos de telha e tijolos, que são adorados pelos escorpiões.
A companhia de energia Enel, fornecedora de energia em São Paulo, informou que a limpeza do terreno próximo à casa da família entrevistada está prevista para a próxima semana.
Cabe ao poder público o efetivo controle das pragas, ocorre que as prefeituras nada fazem a respeito e quando ligamos para o controle de zoonose para informar sobre a proliferação de ratos, baratas, aranhas, escorpiões e carrapatos pedem para que entremos em contato com a zeladoria do município ou com o 156 e ninguém faz nada.