A Bayer assinou, nesta terça-feira, 29, um acordo de colaboração com o Instituto de Pesquisa em Tecnologia e Inovação (IPTI) e a fabricante de equipamentos, Guarany, para desenvolver um aplicativo de celular e uma estratégia de mobilização das comunidades capazes de realizar o monitoramento e controle epidemiológico do mosquito Aedes aegypti, um dos principais vetores de doenças tropicais como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Na prática, o software identificará os focos de reprodução do mosquito para facilitar o controle do vetor pela comunidade e órgãos públicos. A cerimônia aconteceu em Santa Luzia do Itanhy, município no litoral sul de Sergipe, onde a ferramenta já está em fase de desenvolvimento e, em breve, será testada.
Com lançamento previsto para 2020, o app é gratuito e propõe que a população participe de um game online com o registro de informações e fotos de pontos de risco (objetos ou locais com água parada) próximos a sua geolocalização. Por meio de modelos preditivos, o sistema transforma os dados cadastrados em mapas de calor, permitindo uma ação mais assertiva na eliminação dos criadouros. Toda essa dinâmica está sendo criada por um grupo de 10 jovens selecionados pelo Instituto, participantes de um de seus projetos, o CLOC (Criatividade, Lógica, Oportunidade, Crescimento), que transforma jovens da comunidade que tiveram pouco ou quase nenhum contato com linguagem de programação em profissionais prontos para disseminarem conhecimentos e até desenvolverem softwares criativos e sofisticados para o mercado global.
Para Saulo Barretto, responsável pela área de Relacionamento Institucional e Novos Negócios do IPTI, trata-se de uma tecnologia social pensada para um projeto de saúde pública, feito com e para a comunidade. “As pessoas serão os verdadeiros agentes da mudança em seus bairros. No fim do dia, o engajamento de todos é que fará a diferença”, afirma. “Com o sucesso da iniciativa, o aplicativo deve ir de Sergipe para o mundo, ganhando escalabilidade. Nossa intenção é que a ferramenta esteja disponível em todo o Brasil e até em outros países em breve”, completa.
O aplicativo faz parte do projeto “Mais fortes que a Zika”, lançado pela Bayer em 2017 com base em três pilares: promoção da saúde materna e da criança, defesa de direitos sexuais e de reprodução, e a prevenção de infecção por meio da otimização do controle do vetor. “Neste novo momento, vamos investir em meios de conscientização que mostrem o quanto as ferramentas modernas — como a digitalização de processos e técnicas de aplicação — podem contribuir efetivamente para a promoção de ambientes mais saudáveis para melhorar a vida das pessoas”, afirma Dirceu Ferreira Junior, diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical (CEAT) da Bayer, área responsável por promover inovação para os desafios tropicais. “Em um mundo que evolui tão rapidamente, nós estamos constantemente explorando novos caminhos para entregar soluções melhores e mais sustentáveis para o benefício de nossos clientes, de nossa sociedade e de nosso planeta”, finaliza.