Casos de acidente com aranha-marrom aumentam no verão

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(Foto: Rogério Machado/Arquivo SMCS)

Com as altas temperaturas no verão, a incidência de acidentes com aranha-marrom aumenta, isso por que o aracnídeo sai do esconderijo para caçar insetos, mas acaba atacando as pessoas em uma tentativa de defesa, pois muitas vezes ficam em casacos e sapatos fechados. Em 2017, 784 casos de picadas de aranha-marrom foram registrados em Curitiba.

Apesar de aumentar significativamente nesta época do ano, os acidentes podem ser evitados com medidas de limpeza e com busca precoce de socorro em caso de suspeita de picada, como explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides de Oliveira. “É um acidente dolorido, a pessoa que sofre a picada da aranha-marrom depois sente um desconforto no corpo e um mal-estar”.

Em Curitiba, os casos confirmados de acidentes com aranha-marrom têm diminuído ao longo dos anos, com o aumento da atenção dos moradores na prevenção e da capacitação dos profissionais de saúde no atendimento. “Cerca de 85% dos acidentes são leves e tratados com antialérgicos ou corticoides. Em poucas situações, as mais graves, será necessário o soro antiaracnídio”, diz o diretor.

Os casos graves incidem em somente de 3% a 5% da população, em que a lesão na pele evolui para a necrose (morte do tecido que forma a pele). Independentemente da gravidade, os sintomas têm início praticamente da mesma maneira: começam a aparecer depois de seis a 12 horas da picada e envolvem para área avermelhada, dor e queimação no local.

Alcides lembra que os 110 postos de saúde de Curitiba estão preparados para fazer o atendimento dessas situações e que o quanto antes a pessoa procure tratamento em caso de suspeita de ter sido picada, melhor.

Como identificar a aranha-marrom

  • A aranha-marrom mede de 3 a 4 cm, tem pernas longas e finas, e seu abdome parece uma azeitona.
  • Ela habita locais escuros, quentes e secos. Pode ser facilmente encontrada em residências, principalmente em armários, atrás de quadros e em objetos que têm pouco manuseio na casa.

O que fazer em caso de suspeita de picada

  • A picada da aranha é caracterizada por um ponto na pele e causa uma sensação de ardor leve. O local pode ficar vermelho, cerca de meia hora após a picada. Entre 8 e 10 horas depois, as dores no local aumentam, como se fossem queimaduras, assim como o inchaço. Ao longo dos dias, pode haver febre, mal-estar, coceira.
  • Em caso de suspeita de picada, procure imediatamente uma das 110 unidades de saúde de Curitiba. Caso consiga capturar o animal, leve-o em um recipiente. Isso facilita a identificação da espécie e a conduzir o tratamento.
  • O tratamento é feito conforme o quadro do paciente e envolve desde limpeza no local, medicamentos como antialérgicos, corticoides e remédios para dor. Apenas nos casos mais graves recomenda-se o soro antiaracnídio.

Como prevenir acidentes com a aranha marrom

  • Limpeza é a regra de ouro, com uso de pano e aspirador de pó atrás de móveis e quadros das paredes.
  • A maioria das picadas ocorrem à noite, quando as aranhas saem de seus “esconderijos” em busca de alimento (insetos). Elas atacam os humanos ao se defenderem de algum contato acidental quando estavam escondidas entre roupas, nos calçados, roupas de cama. Por isso, é importante sacudir roupas e calçados antes de vesti-los.
  • Mantenha a residência bem arejada e evite o acúmulo de qualquer material nos quintais de casa.
  • No ambiente externo, a localização mais frequente é em meio a telhas, materiais de construção e restos de madeira.
  • Bloqueie o acesso da aranha ao interior da casa, colocando lâminas de borracha na parte inferior das portas.
  • Não utilize venenos.
  • As presenças de lagartixas são bem-vindas nas residências: são predadoras naturais das aranhas e não fazem mal aos seres humanos.

Com informações da SMCS

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