O número de mortes por febre chikungunya em Minas Gerais voltou a subir. Boletim divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou mais uma morte pela doença este ano. Desta vez, de um paciente morador de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Agora, já são sete óbitos. A situação pode ser ainda pior, pois ainda há 15 casos sendo investigados pela pasta. Em relação as notificações da enfermidade, apesar da queda brusca nos últimos meses, o valor ainda é alto em comparação com os anos anteriores.
As mortes por chikungunya são as primeiras das história de Minas Gerais. Já foram confirmadas seis óbitos em Governador Valadares, na Região do Rio Doce, e esse último em Teófilo Otoni. Segundo a SES, as vítimas tinham a média de faixa etária de 65 anos. Elas perderam a vida no primeiro trimestre do ano, período em que a doença se espalhou rapidamente.
O número de casos vem diminuindo drasticamente nos últimos meses. Mas, mesmo assim, é alto. A SES registrou 17.623 notificações de chikungunya. Em janeiro foram 728 e em fevereiro, 3.048. O pico ocorreu em março, quando os registros saltaram para 7.267. Em abril, caíram a 3.654. A queda continuou no mês seguinte, que terminou com 1.265 notificações. Em junho, foram 977, julho, 494, em agosto, 175, e até esta segunda-feira, foram 15 registros em setembro.
A chikungunya é uma doença viral causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, também transmissores da dengue, da zika e da febre amarela. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e 12 dias. Os principais são febre alta, acima de 39 graus, de início repentino, dor muscular, erupções na pele, conjuntivite e dor nas articulações, que podem se manter por um longo período. A orientação das autoridades de saúde para quem apresentar manifestações compatíveis com a virose é procurar a unidade básica de saúde mais próxima e não usar medicamentos sem indicação médica.
Dengue
Neste ano foram 13 óbitos registrados por dengue. Eles ocorreram em Araguari, Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Bocaiúva, no Norte de Minas; Capim Branco, na Região Central; Arinos, na Região Noroeste; Patos de Minas, no Alto Paranaiba; Leopoldina, na Zona da Mata; Medina, no Jequitinhonha; e Ibirité e Ribeirão das Neves, ambas na Grande BH. Outras 15 mortes ainda estão sendo investigadas. Minas já registrou 25.438 casos prováveis da enfermidade.