Com 224 casos de dengue confirmados, Paraná usa inseticida para combater mosquito

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A Secretaria de Estado da Saúde começa nesta semana a aplicação de inseticida com 10 carros de fumacê em bairros do município de Londrina, para reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti. O mesmo processo está em andamento nos municípios de Santa Isabel do Oeste, Capanema e Antonina. Segundo boletim divulgado nesta semana pela Sesa, o Paraná já soma 224 casos de dengue confirmados desde setembro do ano passado.

Profissionais da Secretaria alertam que os melhores resultados só serão obtidos com o engajamento total da população. “De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos se existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde.

O secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, também alerta para a necessidade de apoio dos moradores para tornar mais efetivo o trabalho que a prefeitura vem fazendo.

Ele informa que já foi feito 70% do bloqueio em 25 mil imóveis e, a partir desta segunda-feira (11), o trabalho começa em mais 27 mil imóveis da zona Sul, onde ocorreram os 39 dos 44 casos confirmados da doença no município. “Mas tudo depende da participação da população”, afirma.

O número de casos em Londrina já supera os apresentados durante todo o ano de 2018, quando foram confirmados 43 casos. Com o agravante, de acordo com o secretário municipal, que agora estão em circulação dois tipos de vírus (Den1 e Den2), aumentando os riscos de complicações decorrentes da doença.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais. Por isso também intensificou ações de combate, como parceria com a Secretaria da Educação, para que os alunos sejam sensibilizados e ampliem o alcance das informações para pais e familiares.

“A Secretaria de Estado da Saúde está trabalhando em parceria com todos os municípios”, diz Ivana Belmonte, tanto na disponibilização de insumos para o combate ao mosquito transmissor como na capacitação dos agentes responsáveis por esse combate. E na orientação da população sobre seu papel para eliminar os focos da doença.

CRIADOUROS – Os criadouros estão em qualquer acúmulo de água parada, por menor que seja; até em tampinhas de garrafa ou pequenos amontoados de folhas secas. Mas são encontrados com maior frequência em lixo, como resíduos plásticos, espalhados pelas ruas. É preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus, garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos.

Os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.

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