Teutônia – A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária estão organizando a aplicação de um inseticida biológico, o BTI, para controlar a proliferação do mosquito borrachudo, principalmente nas margens de arroios, em uma área total de 153 quilômetros, no interior do município.
A primeira aplicação contra o mosquito, que pode causar muitos prejuízos aos agricultores, ocorreu no dia 30 de setembro. Mais de 50 aplicadores voluntários e capacitados para usar o inseticida participam da ação. “Os agricultores estavam passando óleo diesel nos braços e pernas para diminuir o ataque dos mosquitos durante o trabalho, já que o repelente não fazia mais efeito, tamanha a quantidade de borrachudos”, comentou o coordenador da Vigilância Sanitária, Evandro Borba. Mais duas aplicações do inseticida devem ocorrer ao longo dos próximos 30 dias.
Benefício
Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Gilson Hollmann, o uso do inseticida biológico é uma conquista para os produtores rurais, que sofriam com a proliferação dos borrachudos nas lavouras. “Nos comprometemos em olhar com carinho para o nosso homem do campo e estamos, assim, facilitando seu trabalho na propriedade”, destacou. Hollmann e Borba se reuniram em 26 de setembro para organizar a estratégia de aplicação.
O BTI
A base do BTI é uma bactéria, que mata a larva do inseto. O inseticida é diluído em água na proporção adequada e espalhado pelas margens de arroios e riachos. Em poucos segundos, forma-se uma espuma. Segundo estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o inseticida não faz mal à saúde das pessoas, de peixes e de outros animais.
Entretanto, o BTI não resolve todo o problema. Para controlar a proliferação de borrachudos, é preciso que a população também faça sua parte. Não jogar lixo em margens ajuda no controle dos mosquitos, pois além de pedras e folhas, as larvas gostam de se fixar em materiais jogados na água.