Confirmada morte por febre maculosa em evento de Campinas, autoridades intensificam combate à doença

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Ação conscientização Febre Maculosa - Foto Fernanda Sunega

Aumento de casos preocupa e demanda ações urgentes para evitar a propagação da febre maculosa

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas confirma, nesta segunda-feira, 12 de junho, mais um caso fatal de febre maculosa contraída no município. Uma dentista de 36 anos, moradora de São Paulo, foi vítima da doença após participar de um evento realizado na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio, local onde a infecção provavelmente ocorreu.

Além da dentista, seu namorado, um homem de 42 anos e residente em Jundiaí, também esteve presente no evento e faleceu apresentando os mesmos sintomas. A causa exata de sua morte ainda está em análise pelo Instituto Adolfo Lutz. Outra pessoa, uma mulher de 28 anos, proveniente de Hortolândia, que frequentou o mesmo evento, também veio a óbito com sintomas da doença, e seus exames estão sendo analisados pelo mesmo laboratório de referência.

Os três casos suspeitos, inicialmente associados à febre maculosa, dengue ou leptospirose, foram registrados no dia 8 de junho. Diante disso, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) tomou medidas imediatas para prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, que é considerada uma área de risco para a doença.

Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância de sinalizar o risco da febre maculosa, a fim de que as pessoas adotem comportamentos seguros ao frequentar o local e, caso apresentem sinais e sintomas, informem imediatamente seus médicos para facilitar o diagnóstico.

Nos próximos dias, técnicos do Devisa realizarão uma pesquisa para avaliar a infestação de carrapatos no espaço, por meio de uma pesquisa acarológica.

Na semana passada, a Prefeitura intensificou as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques da cidade.

É importante ressaltar que a febre maculosa é uma doença curável, mas requer tratamento precoce com antibióticos apropriados. A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, destaca que o principal sintoma da doença é a febre alta, que pode ser confundida com outras enfermidades. Portanto, é fundamental que os médicos questionem os pacientes sobre sua exposição a áreas de vegetação com a presença de carrapatos ou capivaras, para que o tratamento seja iniciado prontamente.

Campinas e região são consideradas áreas endêmicas para a febre maculosa. Com o caso da dentista, já são três óbitos confirmados no município até o momento, todos relacionados à doença. Além desses, existem outros dois casos suspeitos aguardando resultados de exames, um em Jundiaí e outro em Hortolândia, o que aumenta a preocupação e demanda ação urgente para evitar a propagação dessa enfermidade.

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