Desde o início do ano crianças que frequentam a Creche Machado de Assis, no bairro Capoeiras, em Florianópolis, convivem com ratos. Eles são encontrados em vários ambientes da escola. A creche atende 135 crianças de quatro meses a cinco anos de toda a região.
A prefeitura diz que fez uma desratização e dedetização na creche em fevereiro. Em março repetiu e no dia 6 deste mês foram colocadas iscas em alguns ambientes. Por isso, alguns ratos estão aparecendo mortos, os animais estariam vindo da rua.
Preocupação dos pais
Quando a Graziela Souza da Costa deixou o filho na creche na segunda-feira (20) encontrou uma surpresa do outro lado da porta. “Na hora que elas abriram a sala tinha um rato vivo dentro da sala”.
Na sexta-feira passada a aula chegou a ser suspensa. No bilhete da direção, um dos motivos é a presença de ratos mortos em diversos ambientes. ” Já vi rato na frente da portinha dele [sala do filho]. Nós pais, estamos bem preocupados com isso aí”, disse Josiane de Fátima Lopes, que é mãe de aluno.
O filho da Roseleide do Nascimento até já foi parar no posto de saúde. O menino de dois anos estava bem, mas foi um susto. “Chegaram aqui e disseram que meu filho tinha comido uma frutinha da árvore e que encontraram o rato do lado. Os venenos que eles colocam não tá adiantando”, disse.
Outros problemas
A infestação de ratos não é o único problema do lugar. O muro está comprometido e tem uma corda amarrando ele numa árvore do pátio. Além disso, na secretaria da creche tem uma aviso “estamos sem telefone”. Se as professores quiserem falar com algum pai de aluno precisam usar o telefone particular.
Até o fim de junho, a secretaria diz que as crianças e professores irão para uma nova creche, também em Capoeiras, que está em fase de acabamentos. Só que antes mesmo da obra ser inaugurada, a linha telefônica foi transferida. O parquinho também está sendo levado. A mudança vai ser aos poucos.
Enquanto isso, os alunos e funcionários continuam no mesmo espaço. “A gente tem a sala das crianças com um ano e meio, dois, com infiltração, levanta um cheiro bem forte de esgoto. Todos os dias a gente tem relato das professoras solicitando que a gente ajude, na maioria das vezes nós não somos ouvidos”, conta Daniela Ribeiro, mãe de aluno.
Por nota a secretaria disse que até junho as crianças e os profissionais da Educação estarão em um espaço amplo e confortável. Agora estão sendo feitos os últimos ajustes, como viabilização da energia elétrica, instalação de equipamentos como elevador e fornecimento de mobiliário.