O impacto do aquecimento global e desigualdades sociais na luta contra arboviroses.
O Brasil enfrenta uma epidemia silenciosa de dengue, agravada pelas mudanças climáticas e condições socioeconômicas desiguais. Enquanto os mosquitos transmissores encontram condições ideais para se proliferar, comunidades periféricas e indígenas enfrentam barreiras para acessar serviços essenciais de saúde.
A relação entre clima e epidemias:
O aumento global das temperaturas e as mudanças nos padrões de chuvas criam ambientes propícios para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Eventos extremos, como chuvas intensas seguidas de períodos secos, intensificam o risco de contágio. Além disso, novas áreas anteriormente inabitáveis para o mosquito se tornam zonas de risco, ampliando os desafios para controle da doença.
Barreiras nas periferias e comunidades indígenas:
Nas periferias, a alta densidade populacional, infraestrutura precária e irregularidade no abastecimento de água facilitam o avanço da dengue. Já nas comunidades indígenas, a falta de acesso a vacinas, transporte e equipamentos de refrigeração impede a imunização e tratamento eficazes. Além disso, a desinformação alimenta a hesitação vacinal, agravando a situação.
Engajamento comunitário como solução:
Superar esses desafios exige esforços conjuntos entre governos, organizações e comunidades. Iniciativas de engajamento comunitário, como o trabalho da Fiocruz em áreas indígenas, demonstram a importância de estratégias que integram saúde, educação e infraestrutura, com participação ativa da população local.
O combate à dengue em um cenário de mudanças climáticas e desigualdades exige mais do que políticas de saúde tradicionais. É necessário promover a conscientização, fortalecer sistemas de saúde e incluir comunidades vulneráveis no centro das ações. Apenas assim será possível mitigar os impactos dessa epidemia silenciosa e proteger as próximas gerações.
Para mais detalhes, visite o blog da UNICEF Brasil: UNICEF Blog.