Ao ver uma barata, algumas pessoas começam a gritar, enquanto outras logo pegam o chinelo para se livrar do inseto. No entanto, apesar de essas reações serem quase automáticas, poucos têm conhecimento sobre os reais perigos que as baratas causam à saúde humana.
A dedetizadora Pragfim, de Belo Horizonte, listou sete doenças transmitidas pelas baratas, uma vez que elas transitam por ambientes como esgotos e armários carregando bactérias e vírus. Hepatite A, febre tifoide, tuberculose, lepra, diarreia, poliomelite e pneumonia são as doenças apontadas nessa pesquisa.
CLAUDIA conversou com a infectologista Valéria de Morais Silveira Telles para entender melhor essa forma de transmissão. A especialista afirmou que as baratas podem transmitir doenças, mas mesmo assim, essa é apenas uma das muitas formas de transmissão.
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Dentre as sete doenças indicadas pela pesquisa, as três com maior probabilidade, por serem contraídas de forma oral-fecal, são hepatite A , febre tifoide e diarreia (que, além de ser um sintoma, também é considerada uma doença).
A transmissão oral-fecal é dada da seguinte forma: a barata carrega a bactéria nas patas e, ao andar nos ambientes da casa, principalmente na cozinha, passa esses organismos para os alimentos e objetos. Quando uma pessoa tem contato oral com tais objetos ou ingere os alimentos, contrai as doenças.
De acordo com Valéria, tuberculose, lepra e pneumonia têm maior probabilidade de transmissão respiratória, de pessoa a pessoa, do que por baratas. Já a poliomielite, mesmo sendo também de transmissão oral-fecal, é viral. O vírus causador da doença é um vírus de baixa circulação por causa da vacina, por isso as baratas não têm grande impacto nesse ciclo de transmissão.
Por mais que as probabilidades sejam pequenas, a transmissão por meio de baratas ainda é possível. Por esse motivo, os cuidados contra o inseto e a higienização adequada são necessários, principalmente em ambientes que são frequentados por crianças, que têm maior probabilidade de contato oral com os objetos.