Dois homens estavam se passando por agentes da Vigilância Sanitária e cobrando por serviços de dedetização no distrito de Arajara, em Barbalha, na Região Sul do Ceará. Flagrados nessa quarta-feira, 29, os suspeitos, que realizavam o serviço de forma ilegal, deram prejuízos a moradores e comerciantes de até R$ 600. Vítimas, no entanto, não quiseram prestar queixar contra a dupla.
Em entrevista ao repórter Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, nesta quinta-feira, 30, o coordenador da Vigilância Sanitária de Barbalha, Carlos Henrique Albuquerque, falou sobre o assunto. Segundo o representante, a entidade recebeu denúncias sobre a atuação dos homens ainda na manhã dessa quarta, 29.
A dupla chegava às residências e aos comércios fazendo abordagens de forma autoritária. Os suspeitos realizavam dedetização sem passar os valores anteriormente e cobravam até mesmo uma taxa de licença por parte dos estabelecimentos. Algumas das vitimas precisaram fazer empréstimos para arcar com o serviço. Uma delas chegou a pagar R$ 600.
Ações são recorrentes
“Situações como essa já vinham acontecendo, no entanto, nunca tínhamos conseguido chegar nessas pessoas”, relatou ainda o coordenador durante a entrevista. Henrique contou também que na manhã desta quinta, 30, a Vigilância recebeu a denúncia de uma clinica, da região de Arajara, que teria sido vitima de um ato semelhante. Situação ainda está sendo analisada e apurada pelo órgão competente.
Em nota ao O POVO, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou que foi acionada, por volta de 12h30 dessa quarta-feira, 29, para “averiguar uma denúncia de uma pessoa que usava o nome da vigilância sanitária para prestar serviços de dedetização” no distrito.
Os agentes “foram até o local e localizaram o suspeito e uma das vítimas. Foi constatado que a empresa não estava legalizada para exercer tal serviço, pois não possui CNPJ. A vítima resolveu não representar contra o indivíduo, apenas exigindo a devolução do valor”, relatou órgão. Contudo, instituição não esclareceu se esse caso tem vinculo direto com a atuação da dupla.
Como se proteger
A atividade de dedetização pode ser realizada por outras empresas, mas desde que elas estejam devidamente regularizadas. Por lei, o servidor precisa estar bem identificado, por meio de fardamento, crachá ou colete. O coordenador da Vigilância Sanitária de Barbalha, Carlos Henrique Albuquerque, faz orientações:
- Verifique se o agente está devidamente identificado;
- Peça os alvarás da empresa;
- Veja se no certificado consta licença para executar ação.
“É muito importante as pessoas estarem atentas a essas informações”, alerta o representante. Se o individuo não se atentar ao golpe e sair prejudicado, ele pode fazer a denúncia por meio do 190. Denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS.