Mais de 11 mil casos de ataques de escorpião já foram registrados este ano, no Estado de São Paulo. Estima-se que são, em média, até duas ocorrências por hora. Se esse ritmo for mantido, será ultrapassada a marca de 2017, quando foram registrados 21,7 mil ataques, contra 18 mil, em 2016. Um ano antes, o número também havia sido menor, de 15 mil. De acordo com o biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS), o problema em ambiente urbano é muito mais comum do que as pessoas imaginam.
“Escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos. Eles invadem as casas atrás das baratas e depois acabam também buscando espaços onde se alojar”, explica. Segundo ele, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese, ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). A melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo.
Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta. Se a pessoa for picada, a recomendação é procurar um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclarece Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.
Fonte: Web Diário