Um bebê de cerca de um ano de idade é a primeira vítima por leishmaniose visceral no município de Três Lagoas, município a cerca de 330 km de Campo Grande. O óbito foi registrado no último dia 10, e ocorreu em Bauru, a cerca de 350 km de Três Lagoas.
Apesar do óbito ter ocorrido em Bauru, a Vigilância Epidemiológica de Três Lagoas iniciou investigação por suspeitar que o bebê poderia ter contraído a infecção na cidade. A confirmação veio na última sexta-feira (29), após o resultado de exames serem apresentados.
Antes disso, no entanto, equipes do Setor de Endemias e Controle de Vetores e do Setor de Promoção da Saúde seguiram o protocolo e efetuaram procedimentos como bloqueio químico, instalação de armadilhas, busca ativa e orientação à população na região do bairro Jardim Flamboyant. A equipe do Centro de Controle de Zoonoses também procedeu coleta de amostras de sangue de cães daquela área, para exames laboratoriais de suspeita de contaminação de Leishmaniose.
No acumulado de 2019, Três Lagoas registrou oficialmente, até o último dia 19, um total de 25 casos suspeitos de Leishmaniose – todos descartados até a data citada. Já em 2018, foram registrados 203 casos suspeitos da doença, dos quais 7 foram confirmados. Ano passado, a cidade contabilizou dois óbitos em decorrência da doença.
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é uma doença ainda sem cura e transmitida pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.
O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e de animais doentes e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.
Entre os principais sintomas da leishmaniose visceral, considerada mais grave, estão alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.