A ação é uma promoção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da empresa farmacêutica Sanofi e do Governo do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), com a parceria da Prefeitura de Fortaleza/Secultfor.
A concepção, organização e montagem da exposição é do Museu da Vida/Fiocruz. Dividida em seis módulos, a mostra vai passear pelo complexo universo do inseto, usando tecnologia de última geração e material multimídia. Entre as atividades, os visitantes poderão transitar pelo “Quintal Interativo” e observar, com lupas, o ciclo de vida do Aedes aegypti. A ideia é convidar o visitante a encontrar potenciais criadouros do vetor, como pneus, caixas d’água destampadas e garrafas armazenadas de maneira incorreta.
Os visitantes serão “recepcionados” por uma escultura de mosquito fêmea com mais de dois metros – criação do artista plástico Ricardo Fernandes. A obra contará com sensores de proximidade distribuídos em partes específicas, projetando as informações em uma tela gigante, com textos, imagens e animações.
O jogo Detetive da Dengue apresentará cenários com possíveis criadouros – o participante deverá identificá-los e tocá-los para eliminar a ameaça. Vídeos e dispositivos interativos vão abordar a biologia, a origem, a distribuição e a evolução dos vetores Aedes no mundo.
Modelos de vírus em 3D, quiz e informações sobre o ciclo estarão disponíveis na exposição. Pessoas com deficiência visual também vão obter conhecimento sobre o mosquito, com dados disponibilizados em braile.
Jovens da periferia serão os mediadores
Diversos jovens de comunidades de Fortaleza terão a oportunidade de serem os mediadores na exposição. Para isso, passaram por um treinamento fornecido pela equipe da Fiocruz no Cuca Jangurussu. Além de apresentar a mostra, eles darão orientações aos visitantes sobre as formas de prevenir as doenças.
De acordo com um dos instrutores do treinamento, o biólogo e curador da exposição Waldir Ribeiro, “a participação desses jovens é fundamental, porque cria uma identificação dos moradores com os mediadores”. Segundo ele, a equipe treinada, por conhecer a fundo a realidade de suas comunidades, poderá direcionar o conteúdo de acordo com a necessidade de cada lugar e criar uma empatia com os visitantes.
Morador do Jangurussu, o jovem Breno Vilário admite que no bairro ainda há muita carência de informação. “Essa é uma das comunidades com maior número de casos das doenças. Com o treinamento aprendi coisas que não fazia ideia, pois apesar de sermos jovens e estarmos sempre conectados, acabamos desconhecendo muitas informações importantes a respeito do vírus, e acredito que a sociedade em geral também não saiba”, destaca Breno, que também será um dos mediadores da exposição.
A educadora social Maiara Morais, também mediadora, não tinha dimensão da grandiosidade do projeto até participar do treinamento. “Vi quão grande é essa exposição, inclusive no tocante à questão territorial e no fortalecimento de vínculos. Com o projeto, vamos nos inserir nas comunidades e trabalhar a temática lá dentro. Fortaleza é muito propícia ao vírus, que está evoluindo constantemente. Por isso, entendo que a prevenção é melhor que o próprio tratamento, porque assim conseguimos evitar as doenças”.
A exposição “Aedes: que mosquito é esse?” ficará aberta à visitação até o mês de março, com classificação livre e entrada gratuita.
Serviço
Exposição “Aedes: que mosquito é esse?”
Abertura: dia 25 de janeiro de 2018
Local: Cuca Jangurussu (Av. Gov. Leonel Brizola, s/n – Jangurussu)
Dias e horários de visitação: Terça a sábado, das 9h às 21h | Domingo, das 14h a 18h
Fonte: Assessoria da Secitece