Florianópolis registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral humana contraído dentro de Santa Catarina, informaram nesta quinta (17) a Secretaria Municipal de Saúde e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). O paciente é um homem de 53 anos, que está internado no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU), na capital.
A doença é transmitida por uma fêmea do mosquito-palha que tenha picado um animal infectado, geralmente um cachorro. Por isso, a leishmaniose canina costumam preceder os casos em humanos. Não há transmissão de cão para cão ou de pessoa para pessoa.
O estado de saúde do paciente é estável, conforme a Secretaria Municipal de Saúde. A doença foi confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen). O homem é morador do bairro Saco do Limões.
A leishmaniose visceral humana é uma doença grave causada pelo parasita Leishmania chagasi, mas há tratamento caso seja descoberta no início.
Aumento dos casos em Florianópolis
De acordo com a secretaria, a leishmaniose visceral canina era concentrada na área da Lagoa da Conceição, mas agora já se espalhou por 34 bairros.
Sintomas
A Secretaria Municipal de Saúde orienta que pessoas com os sintomas da doença façam um exame laboratorial. O tratamento é gratuito e precisa ser feito em um hospital. Veja os sintomas:
- febre intermitente com semanas de duração
- fraqueza
- perda de apetite
- emagrecimento
- anemia
- palidez
- aumento do baço e do fígado
- comprometimento da medula óssea
- problemas respiratórios
- diarreia
- sangramentos na boca e nos intestinos
Em animais, os sintomas são:
- emagrecimento
- enfraquecimento dos pelos
- apatia
- descamação ao redor dos olhos, focinho e ponta das orelhas
- crescimento exagerado das unhas
- conjuntivite ou outros distúrbios oculares
- aumento de volume na região abdominal
- diarreia, hemorragia intestinal e inanição
A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que o morador da capital que tiver um cachorro que apresentar os sintomas procure um veterinário ou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Florianópolis para fazer um exame laboratorial. Caso o cão tenha a doença, o proprietário deve avisar o CCZ pelo telefone (48) 3338-9004 ou pelo email [email protected].
Dessa forma, o CCZ pode visitar a vizinhança e verificar se há outros cachorros contaminados e fazer as medidas de contenção do foco da doença.
Prevenção
Segundo a secretaria, a melhor forma de prevença é limpar terrenos e casas, podar periodicamente as árvores e evitar a criação de porcos e galinhas em áreas urbanas. Isso porque o mosquito transmissor se reproduz em locais com sombra e acúmulo de matéria orgânica em decomposição.
Também é recomendável o uso de camisa de manga comprida, calça, bota e boné em área de mata ou entorno, principalmente a partir das 17h, período de maior atividade do mosquito. Para os cães, podem ser usadas coleiras repelentes de insetos.