A dengue continua sendo uma doença endêmica na capital federal. A conclusão está no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado nesta quinta-feira (12/10). Apesar de em 2017 menos gente ter adoecido, a presença do Aedes aegypti ainda preocupa. Estrutural, São Sebastião, Fercal e Planaltina estão com altas de de incidência do mosquito. Outras 13 cidades estão com índices medianos, segundo análise da pasta.
Pelo menos 3,7 mil pessoas adoeceram por dengue este ano. Ocorreram 14 casos hemorrágicos e 10 mortes. A maior parcela dos infectados tem entre 20 a 49 anos. Planaltina, Ceilândia, Samambaia, Gama, São Sebastião, Santa Maria, Taguatinga, Recanto das Emas, Estrutural e Guará centralizam os casos.
No mesmo período, as autoridades sanitárias notificaram 107 casos chicungunha, sendo a maioria dos registros em Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Gama, Guará e Planaltina. Não houve morte pela doença este ano.
Há ainda 56 infecções pelo vírus zika. A maior quantidade dos doentes moram em Taguatinga, Santa Maria, Planaltina e Gama. A Secretaria de Saúde não divulgou quantas grávidas tiveram a doença. O vírus causa má-formação congênita em fetos, como a microcefalia, que compromete o desenvolvimento motor.
“Dentro dos limites”
Em 2017, de acordo com a Secretaria de Saúde, o DF permanece com a curva de incidência de casos de dengue “dentro dos limites” do canal endêmico. “Ocorreu, contudo, um atraso no pico de maior incidência da doença”, destaca o documento. Normalmente, a maioria dos casos ocorre na primeira semana de abril. Este ano, as infecções se avolumaram na penúltima de maio.
“Essa alteração pode ser justificada em parte pelo racionamento de água, iniciado em abril de 2017 para todo o DF. Atualmente, a taxa de incidência está dentro do canal endêmico esperado”, conclui o texto.