Instituto Butantan identifica nove espécies novas de aranha a América do Sul

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Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram nove espécies novas de aranhas na América do Sul. A descoberta ajuda no trabalho de investigação de venenos e soros, que podem ser usados na fabricação de remédios.

A pesquisa começou em 2011 e, além de catalogar as espécies em 40 mil quilômetros de viagem, o instituto recebeu animais também dos Estados Unidos e da Inglaterra.

Na Argentina, a aranha foi batizada de Mapuche. No Peru, de Andinus. A bolivienses foi encontrada no Peru, Brasil, Bolívia e Paraguai. Entre Chile e Argentina, a nova aranha foi chamada de Levii.

No Brasil, na área de caatinga entre Minas Gerais e Piauí, eles identificaram e batizaram cinco novas espécies:a Jequitinhonha, a Saci, a Ornatus, a Cariri e Diadorim, nome do personagem do livro Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa.

E é no Nordeste do país que essas novas espécies podem ser encontradas. A chance de cruzar com uma delas num lugar assim, com grama e mato, ou mesmo dentro de casa, é pequena, porque são aranhas que se escondem em locais com bastante areia. Elas são venenosas e a importância de nomear as espécies é saber o que fazer no caso de uma picada. E também estudar possibilidades de uso do veneno desses bichos.

“Os resultados são fidedignos com o animal, então se ele trabalha com veneno e se ele for patentear um produto e isso vai ser usado na indústria ele tem a referência certinha de que bicho originou isso”, disse Antônio Domingos Brescovit, pesquisador do Instituto Butantan.

Na região Sudeste, uma das aranhas que aparecem com mais frequência é a conhecida como aranha marrom. “O que é importante? Manter a casa limpa, cuidada, com menos insetos possíveis que são alimento para as aranhas e não ter pânico quando vê uma aranha, se não tem coragem de pegar, pega uma vassoura joga para fora de casa, dificilmente o bicho vai correr atrás de você”, disse Brecovit.

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