A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o primeiro boletim da dengue do mês de setembro na quarta-feira (13). De acordo com os dados, Londrina é a cidade que mais notificou a doença. Foram 162 casos suspeitos de dengue na cidade.
Em comparação ao último boletim do mês de agosto, houve um aumento de 157% em casos notificados da doença em Londrina. Na 17a Regional de Saúde – Londrina, com população de 935.904, em 16 municípios, foram 294 notificações da doença.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, há duas análises que precisam ser feitas neste momento, em relação a este grande número de notificações no mês de setembro. “A primeira é que Londrina realmente é um município que tem por praxe fazer as notificações e ampliar essa análise e buscar esse diagnóstico, então não é de todo ruim este número alto de notificações, quer dizer que a gente está realmente fazendo o dever de casa. E aqueles casos suspeitos estamos notificando, não está sub-notificado estes números. Mas, evidentemente, que a chegada do calor nos preocupa, isso pode ser um indicador a ser analisado”, explica.
Segundo Machado, no terceiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), foi registrado um número relativamente baixo de infestação da doença. “Mas isso não quer dizer que nós podemos nos acomodar e deixar de falar e relembrar da importância da conscientização e mobilização da sociedade civil organizada como um todo no combate contra o mosquito que transmite a doença.”
O secretário ressalta que, neste momento, Londrina está em um cenário tranquilo em relação aos casos confirmados. “O que pesa é este grande número de notificações, mas nós temos 32 casos confirmados de dengue no município até agora. No mesmo período do ano passado, nós tínhamos mais de 5.400 casos. E, também, no ano passado, o terceiro LIRAa foi baixo. Então quer dizer, nós tivemos um LIRAa baixo, mas um elevado número de casos confirmados. Este ano, não. Já conseguimos fazer o dever de casa no sentido de ter um baixo número de casos confirmados e também um número do LIRAa dentro de um padrão aceitável pelo Ministério da Saúde.”
No entanto, o secretário de Saúde afirma que é sim um sinal de alerta devido a chegada do verão. “O risco existe. Nós temos o vírus circulando na nossa cidade, então nós precisamos nos mobilizar em conjunto para que não haja com a chegada do verão nenhum risco de epidemia.”
Maringá (região Norte do estado), teve nove casos confirmados, 116 suspeitos e 62 descartados. Em seguida, está Foz do Iguaçu com sete casos confirmados, 103 notificados e 179 descartados.
Já Curitiba, que tem população de 1.879.355 habitantes, contabilizou um número muito menor. Foram 14 casos suspeitos e 38 descartados.
Segundo dados da Sesa, a incidência da dengue no Estado é de 0,22 casos por 100.000 habitantes. Dos 399 municípios do Paraná, oito tiveram ocorrência de casos autóctones, com incidência variando de 60,11 a 0,32 casos por 100.000 habitantes.
Os municípios com maior número de casos confirmados da doença são: Maringá (9), Foz do Iguaçu (7), e Tamboara (3). Ao todo foram 27 casos confirmados no Estado, 925 notificações e 480 casos descartados. Nenhuma morte foi registrada neste primeiro boletim de setembro.
Zika e chikungunya
De acordo com o boletim, houve aumento nos casos suspeitos de chikungunya no Estado. O número quase dobrou de agosto para setembro. Subiu de 17 para 32. Nenhum caso foi confirmado em setembro. O último e único caso confirmado da doença foi no mês de agosto, em Paranavaí (região Noroeste). Em relação às notificações da doença, Paranaguá é o município com mais casos suspeitos. São 10 notificações.
Em Londrina, houve apenas uma notificação da doença em setembro e nenhum caso suspeito no último boletim do mês de agosto.
As suspeitas de zika aumentaram de 11 para 16 casos no Paraná, mas nenhum confirmado.
Campanha de vacinação
Lembrando que a partir de 20 de setembro, será iniciada a terceira onda da vacinação contra a dengue. Os jovens de 15 a 27 anos que tomaram a segunda dose, precisam tomar a terceira ou segunda dose. Quem ainda não se vacinou não poderá receber a primeira dose nessa campanha. “Essa imunização ajuda a manter um cenário mais confortável e mais tranquilo”, aponta Machado.
A campanha começa em 20 de setembro e segue até 27 de outubro nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina.