O inverno acabou de começar e só terminará no dia 22 de setembro. É nessa estação chuvosa que a população deve tomar mais cuidados com doenças como leptospirose. Por causa disso, a Prefeitura de Olinda, através do Centro de Vigilância Ambiental (Cevao), tem realizado mutirão para evitar a proliferação de roedores, em especial nas áreas alagadiças. A próxima ação será realizada na sexta-feira, dia 20 de julho, no bairro de Sítio Novo, com a presença de 40 profissionais ligados à Secretaria de Saúde do município.
Ações de desratização vêm sendo realizadas periodicamente em toda cidade. Nos seis primeiros meses deste ano as equipes do Cevao já fizeram a aplicação de raticida em mais de 7,3 mil imóveis e em 12 dos 27 canais que cortam Olinda. Além disso, 110 mutirões já foram desenvolvidos nesse primeiro semestre de 2018, atendendo a população de cerca de 15 bairros olindenses.
Em paralelo ao trabalho de prevenção e combate de infestações de ratos e mosquitos transmissores de arboviroses, a gestão municipal tem realizado palestras educativas em unidades de ensino. Até agora, 20 escolas da rede municipal já receberam as orientações dos profissionais de saúde sobre como evitar a proliferação de roedores e mosquitos, além de informações sobre manejo ambiental (destinação correta de lixo e entulhos).
Em Pernambuco, até o dia 30 de junho, foram notificados 468 casos de leptospirose (123 confirmações), um aumento de 17,29% em relação ao ano anterior (399 notificações). Em relação aos óbitos, já são 14 confirmações, enquanto que em 2017, no mesmo período, foram 13.
LEPTOSPIROSE: É uma doença infecciosa febril transmitida aos seres humanos pelo contato da pele ou conjuntivas com água ou lama contaminadas pela urina de animais portadores de leptospira, principalmente roedores sinantrópicos (domésticos). No meio urbano, os principais reservatórios são roedores (especialmente, o rato de esgoto), suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães. A leptospirose é uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e persistência do agente causal no ambiente.
(Fonte: Secretaria Estadual de Saúde–PE)