Dados da Secretária de Estado da Saúde (Sesau) apontam que Alagoas registrou, de janeiro até outubro deste ano, mais de 8 mil casos de picadas de escorpião. O número vem crescendo, comparado a 2018, quando o Hospital Escola Dr. Hélvio Auto (HEHA), em Maceió, atendeu um total de 2.832 pessoas que foram picadas pelo animal.
Técnica de Vigilância Epidemiológica e Controle de Zoonoses, Ana Paula alertou que o número deve aumentar no verão. “Estatisticamente esse é o período ideal para o aumento de acidentes por escorpiões; sendo assim, os cuidados devem ser redobrados”, disse ela, em entrevista à TV Gazeta.
Ana Paula acrescenta que crianças, idosos, hipertensos e cardíacos devem redobrar a atenção com ataques do animal, pois são mais sensíveis ao veneno. Recomenda, ainda, que, ao calçar botas e sapatos, a pessoa deve observar se o escorpião não está ali, escondido.
“Os cuidados devem ser tanto dentro quanto fora de casa. Internamente, se faz necessário o uso de telas nos ralos, pias e tanques. Também é bom afastar das paredes camas, berços e outros móveis. Antes de pendurar uma roupa no varal ou dobrá-las, sempre é bom bater antes. Já externamente, devemos ter cuidados com os entulhos. Se avistar algum buraco, o ideal é não colocar a mão”, pontuou a especialista.
Referência no tratamento de doenças tropicais, o HEHA explicou que, em regra, os casos no estado têm sido classificados como leves, quando os pacientes apenas se queixam de dores no local da picada.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para conter a proliferação de escorpiões no verão, agentes de endemias devem percorrer vários bairros da capital a fim de orientar os moradores sobre o perigo, por exemplo, do acúmulo de entulho no quintal de casa.
Acidentes
Ainda de acordo com a pasta, a maioria dos acidentes com escorpiões é leve, com quadro de início rápido e duração limitada. Nessas situações, a pessoa apresenta dor imediata, vermelhidão, inchaço leve por acúmulo de líquido e sudorese localizada, com tratamento sintomático.