Outubro começa com uma forte onda de calor, com picos entre os dias 8 e 9 do mês, com máximas entre 37 e 43º C.
O que tem a ver esta primavera calorenta com pragas? Muito!!
Pragas e calor
Pragas ocorrem em todas as estações do ano e, por isso, precisamos estar sempre atentos a elas e sua ocorrência.
Em temperaturas elevadas, o ciclo dos insetos torna-se mais acelerado e, portanto, mais curto.
Os insetos são temperatura-dependentes e, em temperaturas mais elevadas encurtam seu ciclo de vida, proliferando e resultando em maior número de descendentes, ou seja, alta população.
Baratas, fique de olho!
Sabemos que baratas adoram um calor. Seja o calor de cozinhas industriais ou residenciais, no caso de baratas de cozinha, a Blattella germanica, ou seja o calor das galerias de serviço, no caso das baratas de esgoto, a Periplaneta americana.
Nas cozinhas, o calor e a umidade são internos e não têm influência das temperaturas climáticas, mas da própria atividade. Já nas áreas externas, as temperaturas elevadas influenciam as condições de calor de galerias pluviais e de esgoto, causando sérios problemas relacionados à espécie de barata que ali habita.
O que ocorre nas galerias de serviço?
As elevadas temperaturas externas geram um calor extremo no interior das galerias subterrâneas e as baratas não suportam tal desconforto, migrando para áreas externas de calçadas e, muitas vezes, dirigindo-se para o interior de áreas construídas. Literalmente, migram para locais de temperaturas mais brandas de prédios.
Como ocorre essa “debandada” geral? Pode ser por um simples caminhar ou, pior das hipóteses, pelo vôo.
Baratas em fuga…
Essa atividade de fuga em função do calor excessivo resulta na penetração de baratas em apartamentos, hotéis, restaurantes e vários outros setores que são invadidos inesperadamente por tão temidos inimigos.
Ao penetrar nessas áreas causam pânico e ameaça à saúde, pois “sobem” pelas paredes externas das edificações, adentrando nos locais. Na invasão pelo voo, embora tenham um voo curto, causam verdadeiros sustos na população atingida. No verão, na orlas de praias, este fato é frequente.
Como proceder?
Há necessidade de maior atenção nas atividades de controle.
Pontos básicos:
Inspeção e tratamento mais frequente nas galerias de serviço;
Criação de barreiras químicas que dificultem a acessibilidade das baratas para o interior das edificações;
Criação de bloqueios físicos que dificultem o acesso ativo das baratas para o interior dos prédios;
Monitoramento permanente.
Lucy Figueiredo
Bióloga/analista ambiental