Moradores são picados por escorpiões em Luziânia e Itaberaí

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escorpiao - Pragas e Eventos

Duas pessoas foram picadas por escorpiões em casas nas cidades de Itaberaí e Luziânia. Moradores reclamam da grande quantidade dos animais nas regiões em que vivem. Uma das vítimas é um bebê de 10 meses e a outra, uma idosa, de 65 anos. As famílias delas contam que os animais são encontrados aos montes nas regiões e sentem medo de novos acidentes.

O bebê de 10 meses foi picado por um escorpião no último dia 23 de outubro, no setor São Dimas, em Itaberaí. Mãe do menino, a dona de casa Samara Cardoso Vieira, de 20 anos, contou que ficou desesperada ao ver que o filho havia se ferido e, mesmo com atendimento médico, ficou com medo de que ele morresse.

“Eu coloque ele no chão para engatinhar. Quando vi, ele deu um grito. Levei ele correndo no hospital, deram um remédio para ele, mas não tinham o soro para tratar do veneno. Ele foi perdendo o sentido e a gente esperando uma vaga para ele em Goiânia. Demorou umas seis horas, mas conseguiram e levaram ele para lá. Chegando lá, ele melhorou, mas ele quase morreu. Está vivo por um milagre”, disse ao G1.

Assustada com o acidente, a mãe conta que está sempre com medo em casa porque já viu vários escorpiões. Ela conta que, apesar de manter o próprio quintal limpo, alguns espaços da região em que ela mora estão sempre cheios de sujeira e entulhos.

“Picada foi a primeira vez, mas já achei uns seis escorpiões aqui em casa. A gente procura a vigilância, mas eles não vêm bater o veneno. Eu fico com medo. Eu ando na minha casa com medo, quase não durmo preocupada desde que aconteceu. Acho que ele ficou traumatizado porque não engatinha no chão mais e anda nervoso”, contou se referindo ao filho.

Moradora do mesmo setor, em Itaberaí, a cabeleireira Cristina Januário da Silva, de 32 anos, disse que, desde a última quarta-feira (25), ela e a vizinha já encontraram sete escorpiões. Ao ver um deles nesta terça-feira (31), ela gravou um vídeo (assista acima). A mulher conta que sempre se depara com os insetos pela casa e, mesmo batendo veneno, não consegue espantá-los completamente.

“Como é que faz para eles virem buscar? Porque eu estou dando faxina na casa. Olha o tamanho do bicho. Não tem barata aqui não”, reclama a moradora na gravação.

A cabeleireira destacou ainda que procurou a Vigilância Sanitária da cidade pela última vez no início do ano. Ela conta que não conseguiu que agentes visitassem a casa dela ou a região para ajudar com o problema.

“Já fui várias vezes desde que moro aqui. Esse problema existe há uns três anos. Da última vez eu levei um monte deles mortos e eles disseram que só viriam se eu levasse os bichos vivos. Desde então eu desisti de ir lá”, comentou.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do município, por e-mail, no fim da tarde de terça-feira (31) e aguarda posicionamento do órgão. As ligações não foram atendidas.

Outro morador da região, o funcionário público Márcio Couto, de 45 anos, contou que também fica preocupado com a presença de escorpiões na região. Ele contou que tem um filho que estuda em uma escola quase em frente a onde os animais foram vistos.

“A escola informou que, por precaução, vai liberar os alunos às 15h para fazer uma dedetização nesta quarta-feira (1º). Não encontraram escorpiões lá, mas estão de prevenindo. Essa situação apavora todo mundo, principalmente as mães, porque sabemos que aqui na região foram encontrados”, explicou.

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