O número de casos de leishmaniose em cães aumentou em Pereira Barreto (SP). Neste ano, a cidade registrou 267 casos no animal, que é o principal hospedeiro do parasita. No mesmo período do ano passado foram 171 diagnósticos da doença.
A cidade fica em uma região considerada endêmica. Em um mapa da cidade, diversos pontos foram marcados em vermelho pelo Centro de Controle de Zoonoses para identificar os locais que existem animais doentes. Um caso de leishmaniose em humanos também foi registrado neste ano.
Gislaine Aparecida Alves da Silva foi diagnosticada com a doença há um ano e meio. Ela conta que ficou internada por quase um mês no isolamento do hospital para o tratamento.
“Fiquei 25 dias internada, isolada dos outros pacientes devido à resistência que estava muito baixa. Mas graças a Deus deu tudo certo”, lembra.
Para tentar controlar o avanço, Pereira Barreto afirma que está realizado serviço de conscientização da população. “Caso a pessoa encontre seu animal positivo, ela pode ligar no Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) para agendar o exame parasitológico do animal”, explica a veterinária do CCZ Karina Yamaoto.
Para prevenir a doença existem coleiras, vacinas e repelentes apropriados para animais. Recentemente também foi aprovado um medicamento, já utilizado em outros países, que ajuda no tratamento da doença no Brasil.
O tratamento dura 28 dias e custa a partir de R$ 500. O preço varia de acordo com o porte do animal e quantidade da medicação. No entanto, os cães diagnosticados com a doença, mesmo medicados, devem ser acompanhados por um veterinário pelo resto da vida.
A cadela Gaia é um exemplo de que o novo tratamento funciona. Maria Fernanda Ponce Ferraz é a dona dela e conta que, depois tomar o medicamento contra a doença, a qualidade de vida da cadela melhorou.
“Ela estava morrendo, o rim não funcionava, mas ela se recuperou. Hoje tem uma qualidade de vida maravilhosa e voltou a ser esta menina sapeca. Ela é o amor das nossas vidas”, conclui.