Constantemente vemos companhas a respeito das doenças transmitidas pelo mosquito da dengue. Algumas outras doenças, também transmitidas por insetos, como a Doença de Chagas e a febre amarela, não estão tão em evidência por estarem relativamente controladas. Porém, a Leishmaniose é mais um exemplo de enfermidade transmitida por mosquito e ela tem se expandido cada vez mais.
A Leishmaniose é transmitida através da picada de insetos chamados de flebótomo, como o mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis). A doença em si é causada por várias espécies de protozoários parasitários do gênero Leishmania, que invadem as macrófagos, que são células de defesa. Além dos seres humano, ela também atinge os cachorros e outros mamíferos silvestres.FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
A doença é dividida em três tipos: cutânea, mucocutânea e visceral. As duas primeiras formas de leishmaniose se manifestam através de problemas e lesões na pele, e a terceira em órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea.
Os principais sintomas, em seres humanos, são febres que duram por semanas, fraqueza, perda do apetite, anemia, emagrecimento, palidez, aumento do baço e do fígado, problemas respiratórios, comprometimento da medula óssea, diarreia e sangramentos na boca e intestinos. É importante que o diagnóstico seja feito de forma detalhada, pois os sinais da Leishmaniose são semelhantes aos de malária, doença de Chagas, entre outras doenças.
No caso das pessoas, a doença tem cura e o tratamento é feito com dois tipos de medicamentos: antimoniais pentavalentes e Anfotericina B.
Leishmaniose em cães
Quando a doença acontece em cães, ela não tem cura, apenas tratamento diário com medicamentos. Como formas de evitar que o animal se torne uma “vítima” do mosquito, os tutores podem dar a vacina preventiva contra Leishmaniose, ou fazerem uso da coleira inseticida, que funciona como um repelente (ela também elimina pulgas e carrapatos). Nenhum dos dois métodos é 100% eficaz, por isso é recomendado o uso de ambos para quem mora em regiões endêmicas.FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET
O período de incubação da doença varia entre um mês a dois anos. Os sintomas que o animal pode apresentar são aumento de volume dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento e atrofia muscular, hemorragias nasais, anemia e alterações nos rins, fígado e articulações. Porém, por progredir de forma lenta, existem casos em que o animal não apresenta nenhum desses sinais, dificultando o diagnóstico.
Apesar do cão ser um hospedeiro do parasita, raramente o animal contaminado pela Leishmaniose pode transmiti-la para os humanos. Mas, quando acontece, cerca de 95% das pessoas conseguem alcançar a cura.
Crescimento da Leishmaniose
Segundo especialistas, o aumento dos casos de Leishmaniose é resultado das mudanças ambientais. Anteriormente, o mosquito era encontrado apenas em regiões de matas, mas ele tem se tornado comum, inclusive, em centros urbanos.
Com o desmatamento, o mosquito transmissor da doença está migrando para diferentes regiões e se adaptando a novos ambientes, fazendo com que ela se espalhe de forma rápida. Nas Américas, o Brasil ocupa o topo do ranking de países com mais casos de pessoas infectadas. Anualmente, a estimativa é de que cerca de 25 mil pessoas contraiam a Leishmaniose.
Prevenção
Assim como o outros insetos transmissores de doenças, a melhor forma de combater o mosquito-palha é eliminando os criadouros. Para se reproduzir, eles fazem uso da matéria orgânica e gostam de locais úmidos.
Além de manter o ambiente limpo, o uso de repelentes e telas em janelas e portas é importante. Para quem gosta de usar produtos naturais, citronela é uma planta muito utilizada para afastar mosquitos, inclusive o mosquito-palha.