Piracicaba confirma primeiro caso autóctone de chikungunya em 2017

4 min. leitura
paulo whitaker 1 - Pragas e Eventos

A Secretaria de Saúde de Piracicaba (SP) confirmou o primeiro caso autóctone (transmitido dentro da cidade) de chikungunya em 2017. O município tem outros dois casos importados, ou seja, de pessoas que foram infectadas em outras cidades. A paciente é uma estudante de engenharia de 20 anos e a Vigilância Epidemiológica investiga qual a região da contaminação.

O exame que comprovou o caso teve o resultado emitido na terça-feira (19). A paciente é estudante da Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) e faz estágio no campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP).

Segundo a Secretaria de Saúde, quando a Vigilância Epidemiológica confirma um caso, aciona o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para que a equipe do Programa Municipal de Combate ao Aedes direcione ações de prevenção na região em que a paciente foi infectada.

Neste caso, porém, a Vigilância ainda investiga em qual ponto da cidade houve a contaminação. “No caso específico, há três regiões distintas da cidade por onde a pessoa contaminada transita diariamente, nas quais pode ter sido picada. Por isso, não foi definido ainda o local de contaminação e as investigações continuam”

Além da EEP e da Esalq, a pacidente pode ter sido infectada no bairro onde mora, Jupiá. Ela, porém, acredita ter sido picada pelo Aedes Aegypti, mesmo transmissor de dengue e do vírus Zica, dentro do campus da Esalq.

A estudante conta que começou a apresentar os sintomas em 30 de agosto e suspeitou que estava com gripe, mas logo descartou. Após passar por médico particular, ela fez o exame da dengue, que deu negativo. “Tive dor nas articulações, joelhos, pulsos e pés. Não conseguia ficar de pé, ficava tudo vermelho (o corpo)”, relatou a estudante.

Segundo ela, um otorrinolaringologista suspeitou de chikungunya durante uma consulta particular e pediu exame, que foi feito pelo Laboratório Municipal de Piracicaba, após liberação da Vigilância Epidemiológica. O sangue foi colhido em 6 de setembro.

“Estou melhor sim, mas ainda continuo com o vermelho pelo corpo. Segundo o infectologista, posso continuar assim por uns dias ainda, pois é inflamação dos vasos sanguíneos”, afirma a jovem.

A Secretaria de Saúde não informou se há e, se sim, quantos são os casos em investigação para chikungunya neste ano.

Combate

O secretário de Saúde, Pedro Mello, defende que o combate ao Aedes é feito diariamente em Piracicaba em ao menos duas frentes de trabalho.

“Temos o trabalho de retirada de criadouros e temos também o Aedes do Bem, que tem sido fundamental para controlar o avanço dessas doenças na área central da cidade, com 11 bairros atendidos, e no nos bairros Cecap/ Eldorado”, afirmou, por nota enviada pela assessoria de imprensa.

Compartilhar
Leave a Comment