Apesar de dóceis e simpáticos, os pombos domésticos representam uma ameaça à saúde pública. A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Umuarama alerta a população a não alimentar essas aves nos logradouros e vias públicas da cidade. Além da sujeira que eles causam, quando as revoadas se concentram em alguma praça ou ambiente, as fezes podem transmitir pelo menos três tipos diferentes de doenças – a criptococose, a histoplasmose e a salmonelose.
Um dos locais com grandes concentrações de pombos, em virtude dos ‘petiscos’ oferecidos pelos visitantes, é a Praça Miguel Rossafa, no centro de Umuarama. “Se a gente não evitar de dar comida aos pombos, eles vão tomar conta da cidade e podem causar uma série de prejuízos e riscos à saúde”, alertou o prefeito Celso Pozzobom.
A alimentação oferecida pela população também pode trazer riscos para a saúde das aves. A veterinária Sharon Meza, da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município, explica que os pombos devem buscar sua alimentação na natureza. “Alimentos processados podem fazer mal à saúde das aves. Uma alimentação incorreta prejudica o desenvolvimento e a proximidade com o ser humano faz com que eles percam o ‘medo’ do contato, o que também representa riscos”, informou.
A concentração nos centros urbanos acontece por causa da fartura de alimentos que os pombos encontram no lixo, nas ruas e praças, além da comida oferecida pelos moradores. “Esse contato não é saudável para ambas as partes. As fezes dos pombos podem transmitir males que afetam o sistema respiratório como a criptococose, doença infecciosa que afeta o homem e outros animais, provocada por um fungo e caracterizada por lesões nodulares ou abscessos nos pulmões, tecidos subcutâneos, juntas, cérebro e meninges”, acrescentou a veterinária.
Outras doenças são a histoplasmose (infecção de sintomatologia variada, com anemia, febre, acidentes respiratórios, digestivos ou cutâneos), causada por fungos, a salmonelose, que pode provocar vômitos, diarreia e gastrenterite, e a psitacose. Os pombos podem abrigar, ainda, uma fauna de diversos parasitas, como piolhos, ácaros, carrapatos e a mosca-do-pombo. Além disso, eles competem por alimento com as espécies nativas, danificam monumentos com suas fezes e têm risco potencial para transportar e espalhar a gripe aviária.
Como não há predadores para este animal nas cidades e sua reprodução é rápida, a alimentação farta pode favorecer uma população cada vez maior, resultando em grave problema ambiental. “Não podemos saber quando as aves são saudáveis, diferente dos animais de estimação, que recebem vacinação regular, alimentação apropriada e cuidados com a higiene”, completou Sharon Meza. “Portanto, o melhor a fazer é manter distância dos pombos e nunca alimentá-los. Eles também danificam as flores da praça em busca de comida”, completou o diretor de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura, Elídio Pavan.
População não deve dar alimentos aos pombos; eles representam riscos à saúde
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